A apresentadora da Liga Brasileira de Free Fire, Camilota XP, está lançando a 2ª edição do CampLota, um campeonato exclusivo para mulheres no FF. A parceria com a Booyah, plataforma da Garena, já rende bons frutos para a comunidade feminina. Na primeira edição, em agosto do ano passado, doze times estiveram na disputa em modo Contra Squad durante sete rodadas.
A equipe Hype foi a grande vencedora do estreante CampLota, em setembro de 2020. Com grandes nomes do Free Fire feminino, a competição teve a presença das streamers Danieli Soares, Camila Brandão e Carmen Diaz. Além do espaço para jogadoras, a atriz e apresentadora abriu vagas para narradoras, comentarias e apresentadoras.
No entanto, após o evento, a atriz contou ao UOL na última terça-feira (17) sobre as poucas inscrições nessas categorias. Para reverter esse quadro, Camila Silveira, a “Camilota XP”, pretende encorajar as meninas a seguirem esse sonho a cada semana até o CampLota 2ª edição.
Em pleno mês da mulher, é preciso discutir o machismo e misoginia presentes no mundo dos esportes eletrônicos. Apesar de mais aberto ao público feminino no Free Fire, as condições de permanência e visibilidade de mulheres em espaços de competição ainda tem muito para evoluir. Ainda segundo a apresentadora da LBFF, a ideia da competição voltada às mulheres surgiu da sensação de que faltava um espaço para as jogadoras e espectadoras se sentissem acolhidas e confortáveis.
A primeira mulher a vencer a LBFF
Tamires Letícia Santos, “Tami”, foi primeira vencedora mulher da Liga, ganhando a 3ª Etapa da Série A da Liga Brasileira de Free Fire em outubro de 2020. Ela era a única mulher na competição. Ao lado de Tami, outra jogadora importante foi Laura Bueno. As duas jogaram juntas pela série C da Liga, mas por problemas de desempenho na C.O.P.A Free Fire, Laura deixou a SS e Tami jogou apenas seis quedas na série A.
No entanto, dois meses depois do pódio na Liga, a vencedora não teve o contrato renovado na SS E-Sports e, por isso, não joga mais na Elite do país no FF. Mesmo assim, Tami disse que vai continuar nas competições amadoras e que pretende avançar na carreira enquanto jogadora.
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No contexto da LFBB no ano passado, a streamer da B4 E-Sports, Isabelli Fontinelli, sofreu uma série de ataques machistas nas redes sociais. A influenciadora recebeu uma enxurrada de comentários maldosos – desde “marmita” à “vagabunda” – depois do ex-jogador da Los Grandes, Victor “Vitin” Silva, ter insinuado uma traição no relacionamento dela com Kauê “Kauelok” Silva, do Flamengo B4. Após desabafo da jogadora, a tag “Isa merece respeito” foi levantada pelos fãs e pela comunidade do jogo. A Los Grandes se posicionou:
A insinuação partiu depois da equipe dos Los Grandes ser rebaixada para a série B da LBFF. Além das ações desrespeitosas de jogadores, organizadores e da própria comunidade do jogo, ainda faltam competições no nível de grandiosidade da LBFF para as mulheres, o que se torna uma reivindicação das jogadoras no atual momento da comunidade.
“Cria” da NFA Feminina, a paraense Tami reafirma a importância de iniciativas voltada às mulheres no Free Fire. Camilota XP prevê que o CampLota será surpreendente e espera que a 2ª edição possa incentivar a participação do público feminino: “um campeonato feito por mulheres e para mulheres”. A pré-inscrição já está aberta no site oficial do campeonato.