A Fifa anunciou, nesta segunda-feira (14), que o clássico entre Brasil e Argentina, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, terá que ser disputado. A partida foi interrompida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em setembro, sob a alegação de que alguns jogadores argentinos haviam entrado no Brasil de maneira irregular, desrespeitando protocolos de saúde estabelecidos no país para a não propagação da pandemia de Covid-19.
Além da confirmação de que a partida terá que ser realizada, a Fifa também aplicou punições financeiras. A CBF acabou multada em 550 mil francos suíços (cerca de R$ 3,1 milhões na cotação atual) por falhas na organização do evento e invasão de campo. A AFA recebeu multa de 250 mil francos (R$ 1,4 milhão) já que a Fifa entendeu que seus jogadores burlaram regras sanitárias do Brasil.
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A decisão da Fifa é contrária ao que CBF e AFA esperavam. A intenção das entidades era tentar levar os pontos da partida mesmo sem a realização do jogo. Inicialmente as seleções se encontrariam em São Paulo, na Neo Química Arena, mas o jogo sequer foi iniciado. A Fifa ainda deve definir uma nova data para a realização do jogo e, além disso, a cidade de São Paulo deve ser descartada como possibilidade.
Em termos de classificação, um novo jogo entre Brasil e Argentina não tem qualquer efeito. Até o momento, as duas seleções são as únicas da América do Sul que já estão garantidas na Copa do Mundo do Catar. O Brasil tem quatro pontos a mais do que a Argentina na classificação geral e, se no novo jogo os argentinos vencerem, a distância cai para apenas um. Assim, a validade do jogo seria apenas para a Argentina tentar terminar as Eliminatórias com a primeira colocação.
Nas próximas semanas, a data do novo encontro entre as seleções deve ser definida. Assim, a CBF vai organizar um novo local para receber a Argentina e, desta forma, concluir todos os jogos programados para as Eliminatórias da América do Sul. Tanto a CBF como a AFA podem recorrer da decisão da Fifa.