Outro lado

Fifa poderia arrecadar R$ 25 bilhões a mais com Copa do Mundo a cada dois anos, diz estudo

Gianni Infantino - presidente da Fifa. Foto: Divulgação/Fifa

A Fifa informou a alguns líderes mundiais, nessa segunda-feira (20), que a ideia de uma Copa do Mundo bienal – ou seja, realizada a cada dois anos – criaria uma renda extra de US$ 4,4 bilhões, cerca de R$ 25 bilhões de reais, a mais que os mundiais a cada quatro anos.

Os dados são provenientes de um estudo geral de viabilidade realizado pela entidade que foi apresentado ontem. A Fifa está promovendo uma espécie de “cúpula global” com líderes de federações nacionais para debater sobre essa proposta de uma Copa do Mundo a cada dois anos.

– Os resultados econômicos apresentados são muitos fortes. Todos se beneficiariam, os mais ricos e os mais pobres. Teríamos também mais dinheiro para reinvestir no desenvolvimento do futebol em todo o mundo – declarou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, após o encontro.

De acordo com a projeção, o plano aumentaria a arrecadação de US$ 7 bilhões (R$ 39,9 bilhões) atuais estimados para US$ 11,4 bilhões (R$ 65 bilhões) em um ciclo de quatro anos graças ao aumento da receita de ingressos, direitos de mídia e de patrocínio. Além do mais, segundo a entidade, cada associação nacional receberia cerca de US$ 16 milhões com o novo formato – cerca de R$ 91 milhões.

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Gigantes europeus discordam

Se na projeção da Fifa os números são otimistas, para os críticos da proposta a situação é inversa. Grandes clubes europeus, das principais ligas, além da Uefa, ameaçam boicotar qualquer torneio adicional.

No último mês, um estudo encomendado pelo Fórum das Ligas Mundiais afirmou que essa proposta da Copa do Mundo bienal, somada a realização do Super Mundial de Clubes, poderia custar à Uefa e outras ligas europeias, cerca de US$ 9 bilhões de dólares (R$ 51 bilhões) por temporada em direitos de televisão, acordos comerciais e bilheteria.

Por outro lado, os delegados presentes na cúpula dessa segunda-feira foram informados sobre um relatório da empresa italiana Open Economics revelando que as competições domésticas e da Uefa não têm rendimentos prejudicados por disputas de seleções ou clubes no exterior.

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