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Fim da era Bruno Lage: passagem no Botafogo fica marcada por coletivas e escalações polêmicas; veja momentos

Português encerrou passagem pelo Botafogo com 42% de aproveitamento, após cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas em 16 partidas

FOTO: VÍTOR SILVA/BOTAFOGO

A passagem do treinador Bruno Lage no Botafogo chegou ao fim. O clube anunciou a demissão na noite desta terça-feira (3), após empate diante do Goiás por 1 a 1 em pleno Estádio Nilton Santos. Ele deixa o Botafogo após 16 jogos, com cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas.

O auge do atrito entre Lage, torcida e o elenco ocorreu após Tiquinho Soares, artilheiro e craque da equipe, começar a partida contra o Goiás no banco de reservas. Além disso, o português também iniciou o jogo com Tchê Tchê improvisado na lateral direita, outra opção muito criticada pela torcida. Além das questionáveis escalações, as entrevistas coletivas de Lage também eram alvos de ataques da torcida.

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RODAGEM DE ELENCO NA SUL-AMERICANA
Não foi nem no Brasileirão a competição pela qual os atritos entre Lage e a torcida do Botafogo começaram. As tensões se iniciaram após o ex-treinador optar por poupar titulares na Sul-Americana.

Após passar nas oitavas de final pelo Guaraní, do Paraguai, com a equipe majoritamente reserva, o atrito ocorreu na fase das quartas de final. O português manteve a política de rodar o elenco e foi com um time misto diante do Defensa Y Justicia, da Argentina. Após empate melancólico na partida de ida por 1 a 1, no Nilton Santos, o Botafogo precisava de uma vitória na Argentina para chegar as semifinais.

Apesar da necessidade de um resultado positivo para se manter vivo em uma competição continental, Lage manteve a política de rodar o elenco. O Botafogo perdeu por 2 a 1 e foi eliminado da Sul-Americana.

Gatito se lamenta após sofrer segundo gol diante do Defensa Y Justicia (Foto: JUAN MABROMATA / AFP via Getty Images)

DERROTA PARA O FLAMENGO E COLETIVA BIZARRA
Logo após a eliminação na Sul-Americana, o Botafogo teve pela frente um clássico diante do Flamengo. Após perder para o maior rival por 2 a 1 em casa, o resultado ficou de lado devido a coletiva do antigo treinador após a partida.

Em um movimento que chocou a todos, inclusive a diretoria do Botafogo, Lage colocou o cargo à disposição após indagar a enorme pressão que sofria. Este foi o momento chave para a total desconfiança da torcida e o aumento da pressão por resultados após perder para o Flamengo.

SEQUÊNCIA DE RESULTADOS RUINS
Flamengo em casa, Atlético-MG e Corinthians fora, é uma sequência indigesta, mas o Botafogo sequer somou pontos. O desempenho ruim também foi outro fator preponderante para a saída de Lage. O time demonstrou uma visível queda de rendimento logo após a eliminação na Sul-Americana e acumulou três derrotas consecutivas no Brasileirão.

Mesmo após seguidas atuações abaixo da média, Lage se blindava em erros de arbitragem para não falar das atuações ruins da equipe. Na partida contra o Atlético-MG, a coletiva foi praticamente um monólogo contra a arbitragem. Ao falar do jogo, o português elogiou a atuação do Botafogo, mesmo após a equipe não ter chutado sequer uma bola em direção ao gol durante toda a partida.

TIQUINHO NO BANCO, EMPATE DIANTE DO GOIÁS E DEMISSÃO
A gota d’água foi deixar Tiquinho Soares no banco diante do Goiás. Mesmo que Lage encontre explicações para justificar a decisão, será difícil de convencer qualquer um a opção de deixar o artilheiro e líder técnico da equipe no banco.

Toda ação tem uma reação. Sem conseguir encontrar motivos plausíveis para barrar Tiquinho, Lage perdeu a confiança dos torcedores (que já não era alta), da diretoria e principalmente do elenco. Partiram dos jogadores, inclusive, a primeira movimentação para a saída do então treinador, movimento simbólico, demonstração de nenhuma convicção do trabalho que estava a ser feito.

Lage deixa o Botafogo por tentar implementar seu DNA após um time já formado. No meio do processo, perdeu a confiança de cada setor do clube, até se ver sozinho em um mar de ideias mal executadas e um ego inflado.

QUEM COMANDA O BOTAFOGO?
O Botafogo terá Lúcio Flávio e Joel Carli como interinos da equipe e comandarão o próximo treino, nesta quarta-feira. Eles estarão à beira do gramado na próxima partida do Botafogo, diante do Fluminense, neste domingo, pela 26ª rodada do Brasileirão. O alvinegro ainda é líder do Brasileirão, com 52 pontos e detêm uma vantagem de sete pontos para o segundo colocado, o Red Bull Bragantino.

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