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Fluminense rompe e suspende contratos com a Reserva após declarações de CEO da marca

FOTO: MARINA GARCIA// FLUMINENSE FC
FOTO: MARINA GARCIA// FLUMINENSE FC

As declarações do CEO da Reserva, Rony Meisler, sobre a disputa judicial do Fluminense e Flamengo com o Vasco pelo Maracanã, gerou consequências para a empresa. O Tricolor resolveu, então, romper o contrato e suspender outro que estava prestes a ser assinado com a grife.

O Fluminense tinha um contrato com a marca Reserva Ink, que pertence ao grupo de Meisler, e outro bem encaminhado com a própria Reserva. A primeira é uma linha voltada para camisetas básicas que recebem uma estampa temática. Justamente por este caráter de simplicidade, permitia que fossem produzidas de forma muito rápida. A segunda previa peças com o selo principal da grife voltadas para a torcida tricolor.

No entanto, o Flu rompeu e suspendeu todos os contratos com a empresa devido a declaração de Meisler nas redes sociais.

– No sábado, o Fluminense colocou 38 mil torcedores no Maracanã. No domingo, dia seguinte, o Vasco colocou 60 mil. Evidência clara de que o Vasco precisa do Maracanã e o Fluminense poderia jogar em seu estádio nas Laranjeiras, onde há menos de um século eles mandavam pessoas pretas passarem pó de arroz no rosto para jogar futebol – escreveu Meisler, entre outras coisas, em seu perfil no Instagram.

Ele até tentou se desculpar, no qual retira as declarações sobre o pó de arroz. Mas não foi o suficiente para demover o Fluminense de pôr um ponto final na parceria entre as marcas.

– No calor do momento, em meio à argumentação, errei ao escrever que há um século atrás o clube passava pó de arroz no rosto de seus jogadores negros. Desde pequeno cresci escutando esta história e alertado por amigos, pesquisei profundamente (o que deveria ter feito antes) e descobri que é um mito e não a verdade. A história do Pó de arroz é completamente diferente e em nada o clube foi racista em seu passado – escreveu o empresário.

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Leia a íntegra da nota do Fluminense:

O Fluminense FC repudia o ataque covarde do fundador da grife de roupas Reserva, Rony Meisler, à história do clube, por meio da acusação da prática de racismo no passado, ecoando absurdas afirmações há muito reconhecidas como mentirosas.

Circulam corriqueiramente em redes sociais versões falsas que indevidamente apontam o racismo institucional supostamente praticado pelo clube no início do século XX como origem do apelido “pó-de-arroz”, originariamente adotado por torcedores rivais como forma de provocar a torcida tricolor e seu ex-jogador NEGRO Carlos Alberto, que tinha como hábito usar pó branco no rosto após fazer a barba já na época em que atuava no América. O efeito foi inverso e os tricolores DE TODAS AS CORES abraçaram o apelido e fizeram do pó-de-arroz um dos símbolos da sua torcida até os diais atuais.

O Fluminense FC adotará as medidas legais cabíveis e destinará a entidades dedicadas ao combate ao racismo toda indenização recebida em decorrência de ações judiciais movidas contra aqueles que espalham notícias comprovadamente falsas a respeito de um tema tão sensível SOBRETUDO PARA OS NOSSOS TORCEDORES NEGROS E que jamais deveria ser usado sob um pretexto tão banal quanto a provocação clubista.

Diante desse comportamento inaceitável, o clube também está cancelando qualquer relacionamento com a referida empresa por entender que este senhor e a grife que fundou não são dignos de ter sua marca associada ao clube

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