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Fluminense vive seus dois extremos diante do Corinthians

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Sem vencer há um mês no Maracanã, o Fluminense flertou com a derrota pelo primeiro tempo e com a virada heroica pelo segundo

foto: mailson santana/ffc

Sem vencer há um mês no Maracanã, o Fluminense flertou com a derrota pelo primeiro tempo e com a virada heroica pelo segundo. Com falhas individuais, desconexão entre os jogadores e transição defensiva lenta, o time de Fernando Diniz não conseguiu justificar o motivo de estar na grande final da Copa Libertadores de 2023 nos primeiros 45 minutos.

O treinador, que viveu momentos ruins na Data FIFA comandando a Seleção Brasileira, não teve tempo para trabalhar durante os mais de dez dias sem jogos no Fluminense. Com apenas um treino após chegada da canarinho, optou por levar a campo um time com quatro meio campistas, bem diferente do que fez no clássico contra o Botafogo, com quatro atacantes e apenas André e Ganso na faixa central.

Sem Jhon Arias e Alexsander, a escalação do Fluminense contou com André, Martinelli, Lima e Ganso. No papel, um time mais encorpado no meio campo, com opções ainda maiores de passes curtos e coberturas mais seguras aos laterais. Não é justo se dizer que não funcionou; os gols marcados pelo Corinthians foram oriundos de falhas individuais decisivas, como a furada de Marcelo no primeiro gol e o passe errado também do lateral para Fábio sendo o último jogador no segundo.

Apesar disso, se no papel a ideia era assegurar e proteger mais o meio campo e zaga, a transição defensiva foi um dos pontos mais fracos do time na partida. Lento tanto para recompor quanto para sair jogando, o sistema de trás não teve boa atuação na primeira etapa, e ainda gerou calafrios nos torcedores que acompanhavam a partida, exemplo de Germán Cano, que numa trapalhada dentro da própria área defensiva do Fluminense entregou a bola para Yuri Alberto, que desperdiçou.

No segundo tempo as coisas mudaram significativamente. Fernando Diniz usou a “cartada de sempre” quando está buscando a vitória, tirou Felipe Melo no intervalo, recuou André para a zaga e colocou em campo Jhon Arias, que disputou 185 minutos na Data FIFA e tinha acabado de completar 96 na terça-feira contra o Equador, em Quito. O Fluminense melhorou.

+ Autor do gol de empate, Arias se reapresentou ao Fluminense só na quinta

A atuação vista no segundo tempo chega muito perto do que os torcedores tanto do Fluminense, quanto de todo o Brasil aprenderam a admirar. Aproximação entre os jogadores, troca de passes envolvente, finalizações de longa, média e curta distância, a incessante busca pela vitória, mas sem abdicar da organização.

A etapa complementar teve rosto, o mesmo marcado pelas falhas grossas nos gols do Corinthians, mas dessa vez pela magia. Com liberdade para flutuar, Marcelo foi Marcelo nos últimos quarenta e cinco minutos, finalizou, lançou, buscou espaços, criou. Outra atuação que certamente fará Fernando Diniz repensar em escolhas e convicções. O Fluminense não empatou apenas por causa do camisa 12, mas muito por ele.

Outros dois destaques também tiveram nome: Lima e Martinelli. Duas peças criticadas pela torcida, por muitas vezes de fato não conseguirem desempenhar o que deles se espera, mas que tiveram atuações grandes contra o Corinthians. Lima dispensa comentários, seus dois golaços por si só já valem. Martinelli brigou, lutou pela bola e ao mesmo tempo organizou o Fluminense.

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O Fluminense do primeiro tempo foi monótono, chato, quase irresponsável. O Fluminense do segundo tempo anima para a final da Libertadores, nutre confiança e esperança de um final feliz no próximo dia 4 de novembro. Agora resta saber qual será o Fluminense do jogo mais importante de sua história nos últimos quinze anos.

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