O treinador do Vasco concedeu entrevista coletiva após a derrota para o Remo, em Belém, por 2 a 1 na noite desta sexta-feira (13/8), pela décima oitava rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
O ESPORTE NEWS MUNDO questionou Lisca sobre o que ele conseguia tirar de positivo, dentro do que foi proposto, dessa derrota e se essa noite teria sido uma típica noite de sexta-feira 13 para o Gigante da Colina. Confira a resposta do trienador:
– Foi uma ‘noite de não’ para todos nós. Desde a bola parada, desde o aspecto tático também, porque nós estávamos controlando bem o jogo, mas quando você toma o gol há aquela insegurança. Aí, tomamos logo o segundo na bola parada. Então hoje de positivo fica a luta dos meninos no segundo tempo quando nós ficamos com um a menos. A entrega, o time não desistiu em nenhum momento, tentou de todas as formas com o Caio Lopes, com o Tenório também, que entrou tentando de todos os jeitos, o Pec, Figueiredo. É um time muito jovem, não é fácil também, principalmente estando atrás, com um a menos, mas eles se entregaram demais, tentaram até o último minuto.
– O que aconteceu nas circunstâncias do jogo não ficou bom para nós hoje. Aspecto anímico, de prontidão de atitude, de estar um pouquinho mais competitivo no início do jogo, de estar um pouquinho mais concentrado no fechamento do fundo. Então acho que isso ficou bem negativo e realmente hoje foi uma ‘noite não’ para todos nós. Para a bandeirinha também, porque achei que estava um lance bem ajustado, então também não tivemos o acerto da arbitragem no primeiro gol, mas seria ficar jogando a responsabilidade onde não foi. A responsabilidade é toda nossa. E eu como treinador, preciso assumir isso e hoje não conseguimos repetir as atuações que vínhamos tendo nas últimas três partidas.
OUTRAS RESPOSTAS
Falta de concentração?
– Não foi uma questão da concentração, foi como a gente entrou. Deixamos o fundo demais aberto. Tínhamos a orientação para trazer o jogo para dentro, para evitar o corretor lateral. Eles entraram com muita facilidade, foi um lance muito ajustado. A questão dos bandeiras também. Sem o VAR, fica muito complicado para eles. Porque a orientação é deixar correr. E eles deixam correr para depois ter a verificação. E quando não tem VAR tem que ser na hora. Isso pesou. Isso pesou. Vínhamos bem controlados. As alternativas entraram bem. O Figueiredo entrou bem pelo extremo. Tivemos o Sarrafiore mais atrás, articulando o jogo. Infelizmente, perdemos o Vanderlei. Uma bola picou e ele foi enganado. Teve que colocar a mão e foi expulso. Mas atrapalhou demais. Isso foi predominante no jogo quando estávamos melhor. O gol com o Remo ainda acuado, sem a leitura do nosso time. Mas essa concentração precisa melhorar, mas principalmente melhorar a abordagem na bola. Falta melhorar um pouco também o posicionamento. São uma série de circunstâncias que precisamos melhorar.
Ernando na vaga de Ricardo Graça
– O Ricardo chegou muito em cima. Ele ainda está se adaptando. Vinha de um tempo sem jogar. Ele estava treinando, mas o ritmo de jogo é diferente. Sabíamos que era um jogo de muita ligação direta, que o Remo ia forçar isso. Então preferimos dar sequência já para o Ricardo se adaptar. Talvez na próxima partida ele esteja melhor, e a gente possa ter essa opção.
Bola aérea defensiva e pontuação fora de casa
– Consistência defensiva é muito importante. Não estou conseguindo trabalhar a bola aérea, é muito difícil corrigir só mostrando e não podendo praticar. Temos que melhorar o nosso desempenho fora de casa. Nosso desempenho em casa é de G-4. Para almejarmos o acesso, temos de melhorar. Somos o 13º ou 12º em aproveitamento fora de casa. Vínhamos não permitindo nada ao Remo. Precisamos de mais consistência, mas trocamos muito por cartão, por lesão ou por opção.
Equipe jovem e reforços
– Uma equipe jovem, que tem de entrar e buscar. Estamos analisando bem. Se precisarmos, vamos nos mexer e reforçar o grupo onde ele precisa. O momento é de avaliação, final do primeiro turno está aí quarta-feira, e depois é sentar e conversar.
Atuação de Ernando na zaga
– Não dá para crucificar o Ernando. A responsabilidade não foi do Ernando, ele não comprometeu, manteve o nível. Ricardo vem sem jogar, a gente introduziu algumas subidas de linhas. Veio para ajudar e se ambientar ao novo trabalho. Na quarta-feira, vamos ter a possibilidade de utilizá-lo. Estamos mapeando algumas situações internamente, externamente vamos assumir a responsabilidade e não vamos jogar a culpa nos meninos. Minhas opções num primeiro momento estavam funcionando, mas a gente sentiu o gol. Animicamente sentimos o gol, diminuímos no primeiro tempo, estávamos crescendo no jogo e aí tivemos a expulsão.
