Olimpíadas

Formiga demonstra otimismo sobre a campanha brasileira: “eu realmente acho que dessa vez vai vir a medalha”

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Foto: Sam Robles/CBF
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Em entrevista concedida à CBF TV, Formiga falou abertamente sobre memória, expectativas, preparo e legado. Se autodefinindo como uma guerreira do futebol, a atleta comentou abertamente sobre uma das principais pautas associadas à jogadora: a experiência. Aos 43 anos de idade, Formiga chega à sua sétima participação em Jogos Olímpicos, recorde absoluto entre mulheres e homens.

— Esse elenco é um dos mais novos da Seleção, as meninas são bem novas, e para mim é importante. Não para que eu seja a mais experiente, e dizer que eu sou a xerife que comanda ali, isso não tem nada a ver, mas por poder acrescentar algo na vida dessas meninas, por elas poderem me olhar e pensar “poxa, 43 anos e ela está aqui, até hoje, lutando, então eu também quero o mesmo, eu vou lutar por isso, eu quero poder continuar dessa forma”. Eu me sinto assim, um espelho para elas continuarem em busca dos sonhos. Eu passei por isso quando eu cheguei na Seleção, com as mais experientes já me ensinando para onde eu deveria ir, e daí veio essa minha responsabilidade de passar o bastão da melhor maneira possível, e também recebê-las de braços abertos, dizendo “a casa é sua”, do mesmo jeito quê fizeram comigo — disse Formiga sobre a sua relação com as jovens atletas da Seleção.

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Formiga falou sobre a importância e a dificuldade de um bom preparo, físico e psicológico, para a participação em competições tão importantes como os Jogos Olímpicos: “você estar ali todo santo dia, fazendo praticamente a mesma coisa, é muito querer, é muita vontade de ganhar algo tão importante”.

— Se preparar para tantas olimpíadas assim não é fácil, principalmente o psicológico. Por tantas coisas que já vi acontecer aqui, tantas coisas que também me motivaram a desistir e eu não desisti, eu continuei persistindo. Talvez quem está ali fora pense que essa é a vida mais fácil do mundo, mas não é. A gente tem que trabalhar bastante o psicológico e, dentro de campo, sempre dar o máximo. Dentro de campo, para mim, eu nunca tive tantos problemas, o que pesava mais era o psicológico, e hoje, com 43 anos nas costas, bem mais experiente, madura, fica um pouco mais leve lidar com algumas situações. Mas em questão a campo, aos 43 também não é tão fácil assim, e tem quem pense que é. Você estar ali todo santo dia, fazendo praticamente a mesma coisa, é muito querer, é muita vontade de ganhar algo tão importante — disse Formiga.

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Por fim, a jogadora falou sobre estar motivada para realizar a sua última participação em Olimpíadas, com esperança de um bom desempenho brasileiro.

— Motivada sempre, né? E por essa ser a minha última olimpíada dessa vez eu venho, com certeza, com uma sede de ganhar essa medalha em dobro do quê foi nas outras. E um pouco mais tranquila também em relação às outras. Sei quê agora nós estamos fazendo um excelente trabalho e eu tenho algo aqui dentro que me faz acreditar que vai ser dessa vez, sabe? Sentindo essa energia, tão positiva. Isso não quer dizer que das outras vezes não tinha, mas eu acho que antes tínhamos algumas condições, algumas situações meio chatas no meio do caminho que acabam atrapalhando, e eu acredito quê esse sexto sentido está me falando que algo vai ser muito bom, eu realmente acho que dessa vez vai vir a medalha — finalizou Formiga, com muito otimismo.

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