Na última terça-feira (02), o ex-atleta do São Paulo, França, foi o convidado do podcast GE São Paulo, produzido pelo Globo Esporte. Ele que é o quinto maior artilheiro da história do Tricolor Paulista, deixou a equipe em 2002 para integrar a equipe do Bayer Leverkusen (ALE), entretanto o desejo de voltar a defender a camisa são-paulina sempre existiu.
“Sempre declarei que se eu voltasse, voltaria para o Brasil para jogar no São Paulo. Até mesmo para fazer os últimos 61 gols para me tornar o primeiro da história. Acabou não acontecendo, porque infelizmente, na única ligação que precisei, o São Paulo não ligou. O único time que meu telefone nunca tocou foi o São Paulo Futebol Clube. Aí seria a concretização para encerrar a carreira no São Paulo” definiu o jogador.
Apesar desta declaração, França revelou ao podcast que chegou a receber propostas de Flamengo e Palmeiras. “Eu tive mais concreta a do Flamengo, através do Kleber Leite (ex-presidente), que ligou no meu apartamento em São Paulo, e depois o professor Luxemburgo. Quando ele assumiu o Palmeiras, acho que em 2008, queria formar um timaço e contava muito comigo. Era o principal centroavante que ele queria contar. O Zezé Perrela também sempre quis me levar para o Cruzeiro. Essas são as três mais concretas” relembrou o atacante.
Após deixar o Leverkusen, França partiu rumo ao Japão. No país do sol nascente defendeu o Kashiwa Reysol e também o Yokohama FC. Apesar de ter se aposentado em 2012, o jogador segue morando em terras japonesas e não tem planos de voltar.
No São Paulo, França fez história entre 1996 e 2002 e tornou-se o quinto maior artilheiro da história do clube, com 182 gols em 327 jogos. A admiração por parte da torcida foi inevitável e dentre tantos fãs, França relembra um em especial.
“Eu lembro que fiz um gol contra o Corinthians, ganhamos acho que de 2 a 0, no Campeonato Brasileiro, e fui sorteado para o antidoping. Do campo você já vai direto para a sala do doutor, em uma sala no Morumbi. Eu lembro que estava lá, tomando a água e bateram na porta. Eram o pai do Kaká e o Kaká, com 17, 16 anos. Ele queria tirar uma foto. Perguntei para o doutor se podia tirar, porque não pode entrar na sala. Levantei, fui até a porta e tirei a foto” contou França.
Um tempo depois da história relatada pelo atacante, ídolo e fã voltaram a se encontrar, dessa vez dentro de campo, quando Kaká fez sua estreia pelo profissional. “Ele já jogava na base do São Paulo (na época da foto) e depois veio jogar com a gente no profissional. Começamos a jogar juntos, fazer umas tabelas juntos, e ali já percebi que ele ia ser um jogador realmente… A força física do Kaká se sobressaía. Ele já tinha técnica, a força física dele era coisa de doido” finalizou o atleta.