O volante Gabriel, do Corinthians, foi julgado pela 2ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) na manhã desta terça-feira (26) e recebeu apenas uma advertência pela expulsão no jogo contra o América-MG, há pouco mais de um mês e está liberado para enfrentar a Chapecoense na próxima rodada do Campeonato Brasileiro.
O jogador foi defendido pelo advogado do Corinthians, João Zanforlin, que argumentou durante a audiência
— Não existe aqui qualquer ofensa. Existe um desabafo do jogador que deu um azar terrível. Ele tomou o segundo cartão amarelo, já estava suspenso, e no final da partida ele se dirigiu e em desabafo falou aquilo. Com todo respeito, a defesa vem pedir a absolvição.
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O relator do caso, Diogo de Azevedo Maia, afirmou não ter visto sentido ofensivo na ação de Gabriel e votou pela absolvição do volante.
— As palavras do atleta foram desabafos por ter tomado cartão já no final da partida, mas não vi nenhum desrespeito, são corriqueiras no futebol. Ele reclamou com o árbitro, mas não foi ofensivo, não foi desrespeito. Achei também exagero o árbitro dizer que se sentiu ofendido, porque um árbitro que se sente ofendido com essas palavras não pode apitar — defendeu.
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O auditor Carlos Eduardo Pontes divergiu e aplicou a pena mínima de um jogo, que foi convertida em advertência, por entender que o dedo apontado ao árbitro foi um gesto desrespeitoso. O auditor Iuri Engel e o presidente Felipe Silva estiveram de acordo com a divergência, e o auditor Washington Rodrigues acompanhou o entendimento do relator.
Entenda o caso
Durante a partida contra o América-MG, pela 21ª rodada do Brasileirão, Gabriel fez falta no atacante Rodolfo, do Coelho, já nos acréscimos do segundo tempo após “por golpear com o braço de forma temerária o seu adversário”, como relatou o árbitro Sávio Pereira Sampaio na súmula, e levou cartão amarelo.
Com a advertência, o volante seria suspenso do Dérbi contra o Palmeiras pelo terceiro amarelo e se revoltou com o árbitro. Depois do apito final, o corinthiano persistiu com as reclamações ao juiz e levou cartão vermelho, o que o tirou dos dois jogos seguintes.
Pereira Sampaio registrou no documento que Gabriel disse, com o dedo em riste, após o jogo: “Você me tirou da p… do próximo jogo, c…”. O árbitro ainda completou o relato afirmando que se sentiu ofendido pela ação do jogador.
Dessa forma, Gabriel foi denunciado no artigo 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva), e poderia ter pego até seis jogos de suspensão.