Nesta madrugada de domingo (9), aconteceu o GP do Japão que marcou o bicampeonato de Max Verstappen, porém a corrida ficou marcada por várias confusões. Para começar, a prova iniciou com um atraso de quase duas horas e depois disso, enquanto os carros estavam na pista, um trator quase colidiu com Pierre Gasly que passava com uma velocidade de 200 km/h.
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Logo na primeira volta, Carlos Sainz rodou e bateu, com isso o Safety Car foi acionado e este trator foi chamado para retirar o carro do espanhol. Gasly, que estava acelerando para alcançar o pelotão foi surpreendido pelo trator na contra-mão, ele rapidamente se pronunciou no rádio revoltado com a situação.
– O que é esse trator na pista? Passei rapidamente por ele. Isso é inaceitável. Lembrem-se do que aconteceu. Não consigo acreditar nisso – reclamou Gasly.
A FIA puniu Gasly com 20 segundos, alegando que o francês estava acima do limite de velocidade, e dois pontos na carteira. A entidade da categoria também deu a mesma punição para o caso de Jules Bianchi, piloto que morreu em 2014 no mesmo GP do Japão.
– O carro de segurança foi acionado, e a corrida, neutralizada. O carro 10 (Gasly), que havia sofrido danos e foi ao pit stop antes do safey car, estava pilotando em alta velocidade para alcançar o resto do pelotão. As condições foram se deteriorando, e a bandeira vermelha foi exibida antes do carro 10 passar a localização do incidente (de Sainz) – disse a entidade.
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Relembre o caso de Jules Bianchi:
Em 2014, o GP do Japão teve seu fim decretado nove voltas antes do previsto pois um acidente seríssimo havia ocorrido com Jules Bianchi, amigo de Gasly e padrinho de Leclerc. Bianchi, piloto da Marussia, acertou um guindaste que estava retirando o carro de Adrian Sutil, piloto da Sauber. O francês foi levado ao hospital inconsciente, porém o piloto não resistiu aos ferimentos do acidente e morreu nove meses depois.
Pelas redes sociais, o pai de Jules Bianchi também relembrou o acidente do seu filho falecido. Philippe Bianchi se queixou de “falta de respeito” pela vida dos pilotos e pela memória de Jules.
– Nenhum respeito pela vida dos pilotos, nenhum respeito pela memória do Jules – postou.
Em 2016, a família de Jules abriu um processo legal contra FOM, Marussia e FIA após um relatório desta indicar que o acidente foi causado por Bianchi. Um grupo de investigação da FIA produziu um relatório de 396 páginas em que a decisão foi que Jules “não reduziu a velocidade suficientemente para evitar a perda do controle de seu carro”.
– Estamos atrás de justiça para Jules, e queremos trazer a verdade à tona sobre as reais causas do acidente do nosso filho. Como família, temos muitas questões não respondidas, além de sentirmos que o acidente e a morte de Jules poderia ter sido evitada caso uma série de enganos não tive acontecido – disse Philippe, pai de Jules, à época.
Pilotos indignados com a situação
Carlos Sainz ficou extremamente indignado com todo o protocolo para a retirada do seu carro.
– Ainda não sei por que ainda arriscamos ter um trator na pista nestas condições, porque é simplesmente inútil. Se você vai acionar a bandeira vermelha de qualquer maneira, por que arriscar? – declarou o espanhol.
– Mas que p*. Como isso aconteceu? Perdemos uma vida nessa situação anos atrás. Arriscamos nossas vidas, especialmente em condições assim. Queremos correr. Mas isso… inaceitável – disse o britânico.
Norris e comunicou nas redes sociais sobre o acontecimento.
– Como podemos deixar claro que nunca queremos ver um guindaste na pista? Perdemos Jules por causa desse erro. O que aconteceu hoje é totalmente inaceitável! Espero que esta seja a última vez que vemos um trator na pista – disse.
Pérez também se comunicou sobre o acontecimento.
A Fórmula 1 retorna para as pistas daqui duas semanas para o GP de Austin, nos Estados Unidos.
