Georges St-Pierre se tornou um dos maiores lutadores da história do MMA pelas vitórias e conquistas dentro do octógono do UFC. Mas não apenas em sua profissão o canadense mostrou que é um dos melhores, mas também no gerenciamento de sua carreira.
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Numa matéria da revista Wealthsimple Magazine, GSP revelou o processo que o levou a se tornar um dos mais bem pagos lutadores do MMA. Isto começou nas negociações para defender seu cinturão dos meio-médios diante de John Fitch no UFC 87, em agosto de 2008. Na época, o lutador estava perto do fim do contrato com o Ultimate e tentou buscar um novo vínculo que lhe fosse mais lucrativo. Para isso, fez jogo duro com a organização de Dana White.
— Como não existe um sindicato, negociar com o UFC é como se fosse um jogo de xadrez. Outras organizações me queriam e o UFC sabia disso. E a gente decidiu que não iria renovar antes da luta e só discutir o contrato depois. Foi arriscado porque é uma situação igual a de uma bolsa de valores. Se você vence, seu nome vai lá no alto mas, se você perde, seu nome cai. Mas foi o que decidimos fazer. Eu decidi apostar forte em mim mesmo e disse ao UFC que não renovaria com eles — disse St-Pierre.
No fim das contas, a postura de GSP nas negociações acabou rendendo resultados para o campeão: o Ultimate decidiu oferecer um ‘contrato maluco’ para o lutador renovar após a defesa de cinturão contra Fitch. Um valor milionário segundo as palavras da lenda do Ultimate e que daria o tom de como guiaria sua carreira dali em diante, sempre buscando valorizar seu passe de acordo com o que acreditava que valesse diante do estilo agressivo de negociações de Dana White.
— Dizem que eu ganho US$ 400 mil por luta. Não, ganho bem mais que isso. Milhões. No auge da minha carreira, eu ganhava milhões de dólares. Porque eu não ganhava somente a bolsa e o prêmio por vitória. Eu ganhava uma fatia da bilheteria e das vendas do pay-per-view, que é onde o dinheiro de verdade está. É assim que os lutadores ganham dinheiro, mas para isto, precisam saber negociar — afirmou o canadense
— Quando lutei com Michael Bisping, em 2017, ganhei US$ 10 milhões, contando pay-per-view, patrocínio e tudo. Em 2019, eu me aposentei. Tenho muita sorte de ter me aposentado no auge. A realidade é que muitos lutadores terminam a carreira quebrados e falidos. Eles lutam por tempo demais, tem danos cerebrais e e estão quebrados financeiramente. Eu consegui estar saudável e rico. É raro encontrar alguém que consegue se aposentar assim — concluiu St-Pierre.