O sonho de todo garoto que admira basquete é um dia poder jogar no maior palco do esporte que é a NBA. E para um jovem provindo de uma família pobre da Grécia, filho de imigrantes de nigerianos, alto porém magrelo, é um objetivo “quase” impossível. De fato quase impossível mesmo, mas após uma seleção discreta, de anos trabalhando duro e se dedicando, este menino grego pode falar que a maior liga do mundo está aos seus pés. Com atuação digna de um Deus grego, Giannis Antetokounmpo pode dizer que está no olimpo do esporte. Liderados pelo camisa 34, o Milwaukee Bucks venceu o Phoenix Suns por 105 a 98, fechando a série melhor de sete jogos em 4 a 2 e levantando o título pela primeira vez após 50 anos.
E não tinha como um título de Milwaukee Bucks não ter a marca de Giannis Antetokounmpo. Face da franquia nos últimos anos, o grego veio a quadra nesta terça-feira para fazer história e devolver a equipe de Winscosin ao topo da NBA. O camisa 34 teve uma das maiores atuações individuais da história da liga. Foram 50 pontos, 13 rebotes, duas assistências e cinco tocos na partida. Quase 50% de todos pontos anotados por seu time.
Além da liderança em números, Giannis foi um verdadeiro regente dentro de quadra. Se seus principais parceiros como Khris Middleton e Jrue Holiday estavam tendo dificuldades nos arremessos, o grego centralizou as ações em suas mãos. Se na defesa a equipe não encontrava o melhor ritmo, lá estava Antetokounmpo para fechar o garrafão e anular as principais peças do adversário.
É necessário nesse texto um adendo e uma menção mais que honrosa a Chris Paul. Chegando a sua primeira final na carreira, o camisa 3 teve coração e muita disposição dentro de quadra e foi o principal responsável por tentar manter o sonho vivo de Phoenix. Mas nem mesmo CP3 poderia ser capaz de parar Giannis em sua noite de Deus Grego.
Mas apesar da grande luta e entrega da equipe de Phoenix, nada poderia ser capaz de parar Giannis Antetokounmpo, que naquela altura já tinha seu nome escrito no olimpo da NBA, do esporte e de vez na história do basquete.
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O JOGO
Tendo a chance de fechar a série e conquistar o primeiro título da NBA após 50 anos, o Milwaukee Bucks foi a quadra com sede e vontade de fazer a alegria do seu torcedor. Giannis Antetokounmpo era a face dessa gana em quadra. Mas o duelo começou com ambos os times nervosos e cometendo erros em sequência. A única constância de ambos os lados eram justamente suas estrelas. Giannis empilhava pontos dentro do garrafão de Phoenix, enquanto Chris Paul, em sua primeira final da carreira, tentava achar o ritmo e puxar os Suns para o jogo.
Sob a batuta e inspiração de Giannis, que anotou 10 dos 29 pontos no primeiro quarto, os Bucks abriram 13 de vantagem sobre os Suns na primeira parcial da partida. Torcida eufórica, ginásio vindo abaixo, mas o Phoenix fez questão de mostrar que numa final, a partida só termina, quando cronômetro zera. Liderados por Chris Paul, os visitantes reencontraram o ritmo dentro da partida e conseguiram uma virada espetacular, fechando o primeiro tempo vencendo por 47 a 42.
Apesar da virada sofrida no segundo quarto, Giannis seguia sendo o principal nome em quadra. Com a mão quente e calibrada, principalmente do lance-livre, o grego mantinha ainda o sonho vivo para os Bucks. E no terceiro quarto, foi o momento do show do camisa 34. Simplesmente imparável, o ala-pivô da equipe de Wisconsin anotou 20 dos 35 pontos feitos por Milwaukee. Mas nem mesmo a produção inspirada de Giannis foi capaz de manter o Phoenix fora do jogo, que sob a batuta de Chris Paul, seguia vivo e ainda sonhando com um jogo 7 em seu ginásio.
Entrando empatados no último quarto, Suns e Bucks mostravam que a batalha seria ponto a ponto para descobrir quem ficaria com a vitória. Mas um homem em quadra deixava ou pelo menos dava todas as mostras que já sabia quem seria o time vencedor. Mantendo o altíssimo nível apresentado em toda a partida, Giannis não deixou dúvidas de quem o triunfo seria de Milwaukee. Chegando a 50 pontos no jogo, o grego foi o grande responsável por garantir o título para franquia de Wiscosin após 50 anos na fila.