Que o Beira-Rio foi palco de 5 jogos da Copa do Mundo de 2014 ninguém esquece. Mas quase ninguém lembra que o estádio, por pouco, não ficou pronto e arriscou perder a sede de Porto Alegre. Pelo menos é isso que revelou o ex-presidente, do Internacional, Giovanni Luigi, em entrevista para o programa “Vozes do Gigante”. A conversa aconteceu nesta segunda-feira (10).
“Pensei várias vezes que não conseguiríamos entregar no prazo. Foi no limite do limite”, admitiu Giovanni Luigi. E essa declaração se deu, principalmente, por causa de desencontros com a construtora, que foi escolhida para custear e bancar a realização da reforma do estádio. Sobre isso, o ex-presidente explicou: “3 ou 4 construtoras apresentaram propostas para o Beira-Rio. Contratamos uma auditoria e foi ela que escolheu a empresa vencedora. Mas ela deu para trás, viu que o negócio não se sustentava”.
Apesar disso, Giovanni Luigi conseguiu retomar o contato com essa empresa. Após uma série de negociações, a Andrade Gutierrez assumiu de vez a responsabilidade, de reformar o Beira-Rio. Mas não sem alguns sustos tomados pelo mandatário colorado: “Ficamos 9 meses com a obra parada e eu não tinha como ceder mais ativos do clube. Fomos várias vezes atrás da construtora, até em São Paulo”. Com isso, ocorreram muitas cobranças, em cima do ex-presidente, até no meio político. “A pressão estava grande. Outros estados estavam em estágios avançados. Precisávamos definir até para ver se o Rio Grande do Sul não teria que transferir a sede (da Copa) para outro lugar”, revelou.
Recursos próprios na construção? Não para Giovanni Luigi
Na época da reformulação do Beira-Rio, existia uma briga política interna grande no Internacional. Um lado, chefiado por Giovanni Luigi, entendia ser inviável a reforma apenas com recursos próprios. Já o outro, de movimentos de oposição, queria que o clube bancasse, por inteiro, o negócio.
Hoje em dia, quase 10 anos depois, Giovanni Luigi mantém seu pensamento, de que foi extremamente importante a parceria com a Andrade Gutierrez. Segundo o ex-presidente, somente com recursos próprios, “a obra iria parar e provavelmente desistiríamos da sede”. E o clube, segundo ele, ficaria sem o dinheiro já no começo do processo, ainda durante a demolição das arquibancadas inferiores. Isto resultaria em uma desistência, do clube, na obra: “Recolocaríamos as inferiores e manteríamos o estádio da forma como era”, revelou.
Para finalizar, o ex-mandatário fez questão de explicar como funciona as finanças, não só de um clube, mas em setores públicos e privados no geral. “Quando tu não tens dinheiro, tem que procurar financiamento ou um parceiro”, explicou. Giovanni Luigi ainda reconhece que: “O Inter não tinha dinheiro (para a reforma), principalmente por pressão do prazo”.
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