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Gre-Nal, Sampaoli e expectativas para 2020: a visão futebolística de Eduardo Coudet

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Ricardo Duarte/Internacional
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O treinador Eduardo Coudet, do Internacional, falou em entrevista de diversos aspectos relacionados ao âmbito futebolístico. Na conversa, com a jornalista Bibiana Bolson, do grupo ESPN, publicada nesta quarta-feira (26), o argentino não fugiu de temas polêmicos, como a sequência de derrotas em clássicos.

Derrotas no Gre-Nal

No ano de 2020, Eduardo Coudet já disputou quatro clássicos estaduais, contra o Grêmio. Nestes jogos, o retrospecto é extremamente negativo, três derrotas e um empate. Soma-se a isso que, a campanha anterior a sua chegada, já não era positiva. O Internacional não vence seu maior rival desde 2018, quando Edenilson decretou a vitória por 1 a 0. Desde então, o colorado não consegue nem mesmo marcar gols no adversário. O único tento, a favor do time vermelho no período, foi marcado contra, por um defensor gremista.

Estes números, tão negativos, incomodam Eduardo Coudet desde a sua chegada. Inclusive, quando contratado, já havia a expectativa de mudar esse cenário. “Tínhamos a intenção de mudar um monte de coisa. Desde impor uma forma de jogar, de treinar, uma forma de viver o clássico. Com toda a escrita que envolve o Gre-Nal”, explicou Coudet.

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Os números nos clássicos, no entanto, revelam que a estratégia não deu muito certo. Sobre isso, Eduardo Coudet diz: “É uma dívida pendente que tenho. Sei que sou responsável. É a partida que mais dói perder”. Porém, o treinador não abaixa a cabeça e já busca uma espécie de revanche, como inclusive já havia comentado. “A primeira coisa que fizemos foi ver quando vamos nos enfrentar novamente. No dia 23 de setembro (pela Libertadores), teremos uma nova história para escrever”, animou-se Coudet.

O argentino, inclusive, mostra-se confiante de que irá reverter os dados negativos. E isto passa, diretamente, pelo elenco e por quanto Coudet acredita neles. Sobre isso, o argentino fala: “estou seguro na minha cabeça, confio até a morte nesses jogadores, que vamos reverter essa história”.

As expectativas de Coudet para 2020

Engana-se quem imagina que a liderança, no Brasileirão, demonstra que todas as expectativas de Coudet, para a temporada, estão dentro do planejado. Segundo o argentino, quando contratado, ele imaginava um cenário, dentro do Internacional, muito diferente. Ele explica:

– A expectava que todos tínhamos era diferente. Não só a minha, mas a do clube, dos dirigentes, dos torcedores. A expectativa era de armar de um jeito diferente o grupo, para podermos fazer variações, trazendo outros jogadores – disse Coudet.

O planejamento, à qual Coudet se refere, começou antes mesmo do treinador chegar em Porto Alegre. Fã de futebol, o argentino já solicitava vídeos e informações dos atletas colorados antes mesmo de chegar no Beira-Rio. Já conhecedor, dos atletas que estavam no elenco principal, ‘Chacho’ focou em aprender sobre os atletas da base. Ele revela: “Pedi para acompanhar jogos (do sub-23), para ver características de jogadores que não tinham participado tanto no time principal. Nesse caso, Johnny, Zé Gabriel, Roberto e mesmo Fuchs”.

Este trabalho junto à base, e de conhecer seus jogadores, já está dando resultados. Basta ver que Bruno Fuchs foi vendido, por mais de 8 milhões de euros, para o CSKA, da Rússia. Além disso, dentro de campo, a equipe demonstra conhecer as ideias de Coudet e está conseguindo bons resultados. Líder do Brasileirão, o treinador manifesta o desejo de estar sempre no topo da tabela e, inclusive, quer ganhar sempre que possível. “Gostamos de nos ver lá, gostamos de ganhar. Temos a cada três dias a possibilidade de fazer isso, então temos que competir”, falou o argentino.

A amizade entre Coudet e Sampaoli

Dois dos três times líderes, do Brasileirão, vieram da Argentina. Eduardo Coudet, no Inter, e Jorge Sampaoli, no Atlético-MG, começaram o Campeonato em destaque e, inclusive, já se enfrentaram. Mesmo assim, existe uma grande amizade entre eles. Coudet revela isso dizendo: “sou muito próximo do Jorge (Sampaoli), que me ajudou muito no início de carreira”.

A amizade entre os dois, inclusive, foi colocada à prova dentro de campo. Em um jogo muito disputado taticamente, o Internacional, de Coudet, venceu o Galo, de Sampaoli, por 1 a 0. A expectativa, para o confronto, era um duelo muito mais aberto e com gols, até pelo estilo de atuar de ambos os comandantes. Porém, durante a contenda, o colorado armou a equipe de uma forma diferente de seu conterrâneo. Coudet explica: “Pensamos o jogo diferente, talvez na parte estratégica, mas coincidimos muito sobre valores importante”.

A chegada de Coudet, aliás, passou muito por uma conversa com Jorge Sampaoli. Ainda enquanto analisava a proposta colorada, o treinador conversou com seu amigo, sobre a qualidade e o estilo do esporte no Brasil. Sobre isso, para finalizar, o treinador do Internacional diz:

– Falei com o Jorge (Sampaoli). Ele me disse que era um futebol que eu ia gostar muito, que era muito competitivo. Ele gosta muito desse futebol. Não me disse nada mais do que a verdade. É um futebol extraordinário. É muito competitivo, onde qualquer time pode vencer – externou Coudet.

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