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Há dez anos, Corinthians derrotava Boca e se tornava campeão da América

Jogadores do Corinthians comemoram a conquista de título inédito
ASUYOSHI CHIBA/AFP/GettyImages

Em 4 de julho de 2012, sob a lua de São Jorge, 40 mil torcedores testemunharam o Corinthians se sagrar campeão da Libertadores da América pela primeira vez em sua história, em pleno Pacaembu. Num título épico, de heróis improváveis, o time do Parque São Jorge deixou pelo caminho equipes como: Vasco, Santos (time de Neymar e atual campeão na época) e o temido Boca Juniors.

Até então, o Timão havia disputado, apenas, nove edições e era o único grande paulista a nunca ter conquistado um título da competição. Em 2000, conseguira chegar às semis, onde, por crueldade do destino, empatou com o maior rival, Palmeiras, em 6 x 6, no agregado. Mas, foi derrotado, nos pênaltis, por 5 x 4, em defesa épica do goleiro alviverde, Marcos. Nas outras edições colecionou eliminações nas oitavas. Entretanto, em 2011, a equipe, estrelada por Ronaldo, viveria uma de suas mais fatídicas participações, a derrota para o Tolima-COL, na primeira fase da competição, por 2 x 0, se tornando o primeiro brasileiro a ser eliminado na pré-Libertadores.

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Depois da traumática eliminação em 2011, o Alvinegro disputaria, em 2012, oque viria a se tornar, um dos mais emblemáticos títulos de sua história. O time do técnico Tite foi primeiro colocado num grupo composto por Cruz Azul-MEX, Nacional-PAR e Deportivo Táchira-VEN. Nas oitavas enfrentou, sem sustos, o Emelec-EQU. As coisas começaram a complicar a partir das quartas, onde, o primeiro desafio, foi o Vasco. Na ida, nada de gols, já na partida de volta, a equipe paulista derrotou o Cruzmaltino, por 1 x 0, contando com defesa épica de Cássio e gol dramático, marcado por Paulinho, aos 42′ do segundo tempo. Na semifinal, um clássico paulista, o Corinthians enfrentou o, até então, atual campeão do torneio, o badalado Santos de Neymar. Todavia, o Peixe não foi pário para o Timão, sendo derrotado por 2 x 1, no agregado.

Na final, a equipe de Itaquera encarou, talvez seu maior rival fora do Brasil, o Boca Juniors. Na ida, 1 x 1, com direito a herói improvável, Romarinho marcou o gol que manteria os paulistas vivos na disputa. Na volta, Emerson Sheik anotou dois gols, consagrando o Corinthians como campeão da Libertadores da América daquele ano. Foram 14 jogos, oito vitórias, seis empates e nenhuma derrota, além de 22 gols marcados e apenas quatro gols sofridos. Com essa campanha, os comandados de Tite se tornaram o segundo brasileiro a se tornar campeão invicto, o primeiro havia sido o Santos, em 1963; e o primeiro invicto em 34 anos, o último havia sido o próprio Boca, em 1978. Ainda em 2012, foi campeão do Mundial de Clubes da FIFA, sobre o Chelsea-ING, sendo o último brasileiro a conquistar a taça.

STR/AFP/GettyImages

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Nos anos posteriores, o Timão participou de dez edições, voltando a ser mero coadjuvante na competição, parando nas oitavas em 2013, 2015, 2016 e 2018, e em 2020, foi eliminado na segunda fase preliminar. Em 2013, inclusive, no que seria a vingança argentina, o Boca Juniors, de Riquelme, viria a derrotar o Alvinegro, de Renato Augusto e Alexandre Pato, nas oitavas de final.

Amanhã (5), o Corinthians enfrentará, em mais uma das ironias do destino e do futebol, novamente, o Boca, logo após o aniversário de dez anos de sua conquista encima dos mesmos argentinos. A equipe de Vítor Pereira terá a dura missão de sair com uma vitória de La Bombonera, algo que nunca aconteceu na história do time do Parque São Jorge, se quiser passar das oitavas de final e reverter o retrospecto ruim dos últimos anos.

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