Campeonato Brasileiro - Série B

Hélio comenta sobre acesso da Ponte e destaca: ‘Tenho direito de sonhar’

Foto: ÁlvaroJr/PontePress

A Ponte Preta venceu o Sport por 1 a 0, com gol de Lucca, e alcançou a 7ª posição na tabela. Na entrevista coletiva, Hélio dos Anjos exaltou a torcida e comentou sobre o sonho do acesso, cobranças e a volta de Ribamar ao elenco.

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Sufoco contra o Sport

— Eu não esperava jogo fácil, ninguém é menino. Eu acompanho meu adversário em todos os sentidos e a pressão lá está sendo muito grande, o Sport é um time grande. Foi um jogo que trabalhamos, no primeiro tempo, algo que ainda não tínhamos tido oportunidade: time de flutuação por dentro, com os dois atacantes por dentro. Nós sabíamos que tínhamos que matar a saída de bola dos zagueiros, nosso grande problema foi as beiradas. Eu prefiro correr o risco atrás a deixar o adversário com a bola e chegar. Demoramos a entender isso e tivemos problemas. Mas senti que voltamos melhores para o segundo tempo. Trabalhei muito o jogo do Sport no jogo do CRB.

Substituições de Artur e Formiga

— Para você ver como é o futebol, eu tinha cinco laterais e nos próximos três jogos, perdi dois. Isso é ruim. Não foram substituições táticas. Mexer na lateral é complicado e perdemos por contusão.

Retorno de Ribamar

— Ficamos felizes com a volta do Ribamar, porque isso é uma das coisas mais importantes. O perdi em um momento quando pensei “achei um centroavante para a Série B”. Foi de um profissionalismo muito grande, juntamente com nosso departamento médico e fisioterapia, para mim foi uma das maiores felicidades para mim. Mas para mim, pessoalmente, perdi um grande amigo, um homem que fez o Goiás e o dirigente que eu mais trabalhei. Perdi ele hoje, com 86 anos, uma pessoa que tenho no meu coração. Juntos, ganhamos sete títulos. Foi de doer, mas os meninos me deram essa alegria.

Fraga

— Questão de escolha. Desde quando perdi o Naldi em Chapecó, tinha o Fraga na cabeça porque não gostei do meio-campo naquele jogo. Chamei atenção para o equilíbrio e regularidade de marcação. Eu tinha o Richely ou o Alisson, mas resolvi não mexer na estrutura de frente. Tenho certeza que os números do Fraga neste jogo vai bater algum recorde nosso, é um jogador tido como operário. Ele quem estuda na concentração. O espaço que conquistou foi com muito trabalho.

Sistema defensivo

— O primeiro jogo que tomamos três gols foram em Chapecó. Não questiono o sistema defensivo, questiono o meu time. Ninguém toma três e volta para casa normal. Não posso deixar que minha equipe ache que a derrota é uma coisa normal. A vitória tem que ser, mas o preço é alto e devemos pagar. Nosso conjunto em Chapecó deixou a desejar e a responsabilidade é minha. A Ponte Preta sob o meu comando não vai jogar atrás, nosso conforto é jogar dentro do campo adversário. Foram 33 desarmes, 12 interceptações e 31 cortes hoje. Tenho que dar méritos à equipe. Hoje foi o nosso 13º jogo que não tomamos gol na partida. Isso coloco para eles. O Fábio hoje foi perfeito dentro das condições.

Acesso

— Estou buscando, dentro da minha maneira de trabalhar, criar o máximo de coisas positivas para a Ponte Preta. Queria ter a oportunidade de ganhar um título, porque sei a história da Ponte. Fui questionado por isso [acreditar no acesso]. Eu não posso deixar de sonhar com coisas grandes. Para alcançarmos, iremos passar por outras etapas. Tenho direito de sonhar e criar situações para o time procurar o melhor. O melhor para nós é isso, porque vamos jogar contra o Ituano sonhando em ficar vivo e pelos 42 pontos. Estamos conscientes, não sou um treinador ‘idiota’. Se garantirmos a permanência, iremos comemorar e ninguém vai tirar esse valor.

Apoio da torcida

— Hoje senti o volume da torcida, principalmente a da arquibancada. A luta delas para nos motivar foi grande, nós escutamos e acho que isso faz parte do processo. A torcida comprou a briga com a gente. Tenho certeza que ela vai fazer muito mais no jogo contra o Ituano, porque nesse jogo poderemos alcançar o objetivo da permanência da Ponte. Vamos brigar por isso.

Cobranças

— Em Chapecó, peguei cinco meninos, levei para a minha sala e mostrei a realidade para eles. Eu elogio eles aqui, mas falei que todos tiveram contrato renovado. A exigência é maior. O desempenho dos jogadores que abraço sempre não foi ideal contra a Chapecoense. Eles têm que escutar, não posso passar a mão na cabeça. Eles viram homens comigo porque o salário deles é de um homem.

Próximo compromisso da Macaca é na próxima terça-feira (13), no Majestoso.

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