Ponte Preta

Hélio dos Anjos destaca dificuldade, mas pede otimismo da Ponte

A Ponte Preta venceu o XV de Piracicaba por 3 a 0, fora de casa, pelo jogo de ida da semifinal da Série A2 do Campeonato Paulista. Após o jogo, Hélio dos Anjos comentou sobre a mentalidade da equipe, seu trabalho como treinador e os obstáculos que têm encontrado durante a temporada.

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De início, o treinador pontuou uma mentalidade negativa levantada acerca do potencial da Macaca. Dizendo que sempre tratam a derrota como algo inevitável, Hélio afirma que é necessário parar com a perspectiva e dar créditos para o time e o seu desempenho.

— Eu estou acostumado com as coisas da Ponte que me chamam muita atenção. O ‘se’ aqui é sempre um ‘se perder’. Não gosto disso. Vou ser sincero, recebi telefonemas de pessoas influentes na Ponte Preta dizendo ‘cuidado, se perder, não pode ter desastre’. A Ponte tem que parar com isso. É ‘se ganhar’, sempre. Nós somos otimistas por natureza, mesmo sabendo que teríamos um jogo dificílimo — disse o técnico.

Falando sobre a escalação, dos Anjos enfatizou que condena o compartilhamento do que é pensado durante os treinamentos, fato que acredita enfraquecer o seu poderio e impedir certas surpresas ao adversário, assim como foi surpreendido pelo Nhô Quim.

— Outra coisa que condeno: não saiu nada do XV e a escalação me surpreendeu. Fiz meu trabalho com as alterações e, à tarde, deram tudo o que eu fiz. Fico revoltado, porque tira nossa melhor condição. Piracicaba e região já sabia o que eu iria fazer e, consequentemente, o treinador armou em cima disso — destacou.

Veja mais pontos abordados na coletiva de Hélio dos Anjos

SEGUNDO JOGO

— 3 a 0, mas não mudou nada para nós. Temos um segundo tempo dentro da nossa casa e com a nossa torcida. Ainda não ganhamos nada. Falei para eles que teriam folga, mas não podemos brincar com o futebol. Ele (o futebol) é surpreendente e ninguém vai surpreender a gente em casa por falta de conscientização. Só falta um jogo para recolocarmos a Ponte no seu devido lugar.

JEH

— A atuação do Jeh foi perfeita para a função dele. Ele fez um trabalho muito importante que é o pivô, com movimentação e marcação-pressão. É um jogador que está passando por um processo. Que dia o Jeh imaginaria que estaria jogando pela Ponte Preta e com 14/15 mil pessoas no estádio? Tenho que ter paciência com o Jeh. Essa semana foi de muita cobrança em cima dele, mas enaltecendo o que ele tem de bom. Tudo para ele é novidade. Ele não foi ao jogo e cobramos isso. Ele não foi por medo. O Naldi, Amaral e Maurício são mais preparados porque eles tiveram trabalho de base. Temos que apoiar sempre, mas puxando a orelha.

TRABALHO

— Naturalmente que sim (é meu trabalho mais difícil). Eu subi com o Santo André e com o XV. O estádio em que mais fui respeitado no interior de São Paulo e o do XV porque o acesso foi maravilhoso. Esse trabalho é difícil porque é a Ponte Preta. É um time de camisa, mas camisa não ganha jogo. Se eu ficar esperando a camisa da Ponte entrar em campo e não trabalhar, nós somos atropelados. Este grupo está trabalhando um preço desde o primeiro dia de treino. É um trabalho difícil, mas espero ser coroado com o terceiro acesso da A2.

PSICOLÓGICO

— É melhor 3 a 0 do que perder de 1 a 0 ou empatar. Quem terá que reagir é o XV. Já falei para os meus jogadores: nós não vamos mudar nosso modelo de jogo. Tenho mais de 50 jogos na Ponte Preta jogando desse jeito. A tática ajuda, mas é a intuição do jogador que decide.

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