A Ponte Preta enfrentou o Brasil de Pelotas na última terça-feira (7), pela segunda fase da Copa do Brasil, sendo eliminada pelo time do gaúcho. Além da infelicidade no placar, o técnico Hélio dos Anjos relatou ter sido vítima de racismo e homofobia durante o jogo.
Segundo o treinador, as ofensas iniciaram no momento da volta do intervalo, onde a Macaca já perdia por 1 a 0. Dentre as falas, estiveram as de cunho racista e homofóbica.
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Na súmula, o árbitro Felipe Fernandes de Lima afirma que foi procurado pelo técnico para expor os comentários feitos por um torcedor na arquibancada. Leia.
“No retorno do intervalo, ao adentrarmos o campo de jogo, fomos chamados pelo Sr. Hélio dos Anjos, técnico da Ponte Preta, que relatou ter sido chamado de “negão filho da p…” por um torcedor localizado na arquibancada social do Brasil de Pelotas, atrás do banco de reservas da equipe visitante.
A brigada militar foi acionada e solicitou a identificação do torcedor. O Sr. Hélio dos Anjos não conseguiu identificar o torcedor, motivo pelo qual foi dado andamento ao jogo. Tal fato não foi presenciado ou percebido por nenhum integrante da equipe de arbitragem.
Durante a averiguação dos acontecimentos, a torcida localizada na arquibancada social proferiu o seguinte cântico repetidas vezes: “Hélio, viado”. Até o término da súmula, não foi me apresentado nenhum boletim de ocorrência. Nada mais a relatar”.
Dos Anjos confirmou que não iria encaminhar o caso a Polícia Civil. Citando o jogador do Real Madrid, Vinicius Júnior, alvo de comentários racistas na Espanha, destaca que ‘não adianta’ denunciar às autoridades. No entanto, o relato foi enviado a CBF ontem (9).
Segundo o novo Regulamento Geral de Competições de 2023 da entidade, casos como esses rendem multa de até R$ 1 milhão, com R$ 500 máximo para primeiro caso. Em casos recorrentes, vão de advertência à proibição de registro e transferência de atletas e transferência, além de perda de pontos.
