A história de vida de Adriano Imperador comove milhares de pessoas. O ex-atacante revelado pelo Flamengo e com passagens por São Paulo, Corinthians, Inter de Milão, Roma e Seleção Brasileira terá a sua trajetória celebrada no Carnaval de São Paulo, em 2024, pela escola de samba Camisa Verde e Branco.
O enredo do desfile, elaborado com a assinatura do carnavalesco Renan Ribeiro, tem como título “Adenla, o Imperador nas terras do Rei”, que traz o orixá Oxóssi e o ex-jogador Adriano como personagens principais. O “Didico”, como o ex-atacante é conhecido, esteve no ensaio do Camisa Verde e Branco na última sexta-feira (26), no sambódromo do Anhembi. Confira:
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Em entrevista à CBN, Renan Ribeiro contou porque escolheu homenagear Adriano no desfile e explicou a relação que enxerga com Oxóssi. Segundo o carnavalesco, o orixá teria sido um caçador que, um dia, se tornou Rei das terras de Ketu, na África, e essa ascensão cria uma “memória genética”, transmitida de geração para geração.
— Eu comecei a olhar para como o Adriano fura a bolha da comunidade dele e se tornou Imperador no continente que escravizou o povo preto e colonizou o país dele — explicou Renan Ribeiro.
— A síntese do enredo é: Adriano, assim como muitos pretos e pretas das favelas, carrega no sangue a nobreza africana e carrega na cabeça a coroa — acrescentou.
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No caso, o carnavalesco compara a história de ascensão do orixá com o jogador. Nascido e criado na Vila Cruzeiro, comunidade do Rio de Janeiro, Adriano foi revelado pelo Flamengo em 2000, sendo vendido, um ano depois, para a Internazionale, aos 19 anos. Em Milão, vivendo o seu auge na Europa entre 2004 e 2007, recebeu da torcida italiana o apelido de “L´Imperatore” (“O Imperador”, em português), carregando-o até hoje.
Camisa Verde e Branco + Corinthians?
Apesar de ser uma escola de samba da Barra Funda e carregar a palavra “verde” no nome, o Camisa Verde e Branco não possui relação com o Palmeiras, e sim com o arquirrival Corinthians. De acordo Fábio Parra, integrante da SASP (Sociedade Amantes do Samba Paulista), a agremiação teria sido presidida por uma família corintiana na década de 80.
— Quando a Gaviões deixou de ser bloco para se tornar escola de samba, em 1988, o Camisa batizou a escola — contou Parra à Band, em 2021.
A Gaviões da Fiel, assim como no futebol, veta a cor verde, tanto em desfiles quanto na quadra. Porém, há uma exceção: a única agremiação que possui permissão para usar a cor, dentro da quadra, é o Camisa Verde e Branco, escola madrinha da Gaviões.