Na reta final da preparação Olímpica, o mesatenista Hugo Calderano está confiante de que pode trazer para o Brasil a primeira medalha olímpica do país na modalidade. Sétimo colocado no ranking mundial da modalidade, o brasileiro acredita que, com seu estilo de jogo rápido, seja capaz de superar o favoritismo e a hegemonia dos chineses na modalidade.
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Na história das Olímpiadas, a última vez que os chineses não conquistaram o ouro foi em Atenas, em 2004. Se para a maioria dos atletas a China assusta, Calderano já competiu com grandes nomes do tênis de mesa da Ásia Oriental, como Fan Zhendong e Ma Long, o primeiro lugar e terceiro colocados, respectivamente, do ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF). Além disso, o brasileiro acredita que seja possível superá-los nos Jogos de Tóquio.
– É incontestável a hegemonia dos chineses e realmente é um grande desafio. Mas eu nunca penso que eles são invencíveis, até porque já ganhei de alguns. Eles são os favoritos, mas tudo pode acontecer e confio muito que seja possível. Estou me preparando da melhor forma para ter o máximo de chance. Eu não consigo controlar o que os outros vão fazer, mas sim o que eu vou fazer. Então, meu objetivo, com certeza, é ganhar uma medalha. E vou chegar em Tóquio bem para essa briga por medalhas- declarou em entrevista coletiva, nesta terça.
Este ano, Calderano, que está em sua segunda Olímpiada, será cabeça de chave, devido à sua colocação no ranking da ITTF. Ele destaca que o que muda de sua experiência na Rio 2016 e os Jogos de Tóquio é sua capacidade técnica.
– A sensação para essa Olimpíada comparado com a do Rio 2016 muda, mais pelo fato de ser a minha segunda olimpíada e que agora eu estou brigando por uma medalha, estar entre os melhores jogadores. Na minha primeira olimpíada, eu era o número 36 da competição, por volta de cinquenta e “pouco” do ranking mundial. Então, era tudo bem novo para mim, eu não tinha tanta condição de medalha, mas vivi uma experiência incrível no Rio, com toda a torcida acompanhando o tênis de mesa e torcendo muito do Brasil. –
Devido à pandemia de covid-19, nos quatro cantos do mundo, vários atletas tiveram dificuldades de preparação para os Jogos Olímpicos. Diversos países entraram em quarentena, inclusive a Alemanha, onde mora atualmente Calderano, e o torneio de Tóquio precisou ser adiado por um ano. Com esse ano a mais, o brasileiro conseguiu se recuperar da lesão no ombro e se dedicar ainda mais aos treinos.
– A pandemia afetou todo mundo, fiquei um ano e meio sem ver minha família, sem voltar para o Brasil. E, apesar de ter conseguido continuar treinando, eu também tive algumas quarentenas que atrapalharam. Mas eu sempre fui um cara que não precisei de muitas competições oficiais, nos treinos eu consigo simular competições e já chego preparado para a disputa. É claro que eu preferiria que as Olimpíadas tivessem sido no ano passado sem pandemia nem nada, mas eu acho que esse ano eu estou melhor do que no ano passado, então tem, sim, um ponto positivo. –
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++ Dias e horários dos jogos e competições das Olimpíadas de Tóquio
Disputas por equipes
Durante o ciclo de treinamentos, a comissão técnica tem exigidos dos mesatenistas brasileiros atividades de alta intensidade sob o comando do consultor técnico da CBTM, Jean-René Mounié e Francisco Arado, o Paco, técnico da equipe masculina em Tóquio.
Segundo Calderano, o grupo está bem entrosado, e segue treinando forte, em busca de resultados inéditos para o Brasil em uma Olímpiada.
– Nas últimas competições por equipe, a gente teve bons resultados, então isso ajuda bastante o nosso entrosamento. Todo mundo tem o mesmo objetivo, todo mundo vendo essa oportunidade de ter um resultado muito bom nos Jogos Olímpicos. A gente vai chegar como cabeça de chave número seis, então vamos pegar uma equipe atrás da gente no ranking nas oitavas. O Brasil nunca chegou às quartas-de-final, então já seria um resultado muito bom. A equipe está bem unida com o objetivo em mente, espero que a gente tenha uma boa performance.- encerrou
