O presidente da FIFA, Gianni Infantino, voltou a citar o seu posicionamento sobre a realização da Copa do Mundo a cada dois anos. Durante entrevista à rádio italiana “Anch’io Sport”, o mandatário da entidade chegou a criar uma nova polêmica. Para defender o seu posicionamento, Infantino citou que os principais campeonatos europeus também podem seguir a mesma fórmula de disputa, diminuindo assim o número de jogos por temporada e não exigindo tanto dos jogadores.
— A Copa do Mundo a cada dois anos não é uma proposta minha, mas sim do congresso da FIFA, que pediu um estudo sobre a viabilidade. Fizemos um estudo muito sério e, do ponto de vista esportivo, funcionaria. Além disso, o impacto econômico é positivo para todos — disse Infantino, também citando o menor número de jogos mesmo com a presença da Copa do Mundo.
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— O mais importante é que é positivo para a proteção das ligas nacionais e para os próprios jogadores, já que teríamos menos jogos com uma pausa em julho. Na Europa há oposição, mas esta é uma forma mais inclusiva. Os campeonato europeus também podiam ter a mesma cadência — afirmou Infantino.
O mandatário também citou outra preocupação da FIFA, que é o tempo de jogo efetivo. Atualmente as principais partidas na Europa estão tendo um tempo de jogo bastante baixo por conta de muitas paralisações e a entidade tenta corrigir essa questão. Infantino disse não saber a solução certa no momento, mas que há estudos nesse sentido.
— Sou tradicional porque o futebol é um esporte tradicional, mas ao mesmo tempo moderno e sem tabus. Um dos maiores problemas do nosso futebol é que, quando há uma pequena falta, o jogador fica no chão e não se mexe. Pode-se pensar um pouco mais em tempo real, não é possível que em 90 minutos as partidas durem 47. Não sei se o cronômetro é solução ou não. Qualquer coisa que possa ajudar o futebol é bem-vindo — destacou Infantino.
A realização da Copa do Mundo a cada dois anos ainda não está definida, mas a FIFA segue trabalhando no sentido de implementar o novo modelo de disputa. A entidade espera confirmar a mudança no modelo de disputa até o final de 2022.