O São Paulo acertou de vez a chegada de James Rodríguez. Segundo o jornalista Venê Casagrande, o meia colombiano, de 32 anos, assinou contrato com o Tricolar, na manhã deste sábado (29) e já é oficialmente jogador do clube do Morumbi. Agora, a torcida são-paulina aguarda pelo anúncio do clube e já comemora a chegada do atleta mundialmente conhecido.
Cria das categorias de base do Envigado, da Colômbia, James subiu ao time profissional do clube em 2007, com o time disputando a segunda divisão do campeonato colombiano. Com boas atuações e nove gols marcados em 30 jogos, ajudou no acesso à elite nacional e se transferiu para o Banfield-ARG no ano seguinte.
No clube argentino, ficou entre 2008 e 2010, mas teve dificuldades para atuar em seu primeiro ano de equipe. Ainda muito jovem, só se tornou titular da equipe em 2009, onde conquistou seu primeiro grande título, o Apertura da Argentina. Com suas boas atuações e marcando 12 gols em 50 jogos, recebeu sondagens da Europa, e se transferiu para o Porto-POR por €7,5 milhões.
Em 2010, em Portugal, o colombiano começou a dar seus primeiros passos para solidificar sua carreira como um grande jogador, sendo os Dragões, o segundo clube que mais marcou gols e atuou, com 32 bolas na rede em 108 partidas. Multicampeão, conquistou o Campeonato Português três vezes consecutiva.
DESTAQUE NA SELEÇÃO DA COLÔMBIA E PASSAGEM PELO REAL
Na temporada 2013-14, foi vendido ao Mônaco-FRA, por cerca de €45 milhões, sendo este o valor da cláusula de rescisão. Os 10 gols marcados em 38 jogos, renderam a James, uma convocação para a Copa do Mundo do Brasil em 2014, onde o camisa 10 ganhou ainda mais visibilidade internacional.
Aos 23 anos, James Rodríguez foi titular e principal destaque da Colômbia na Copa. Com seis gols marcados, foi o artilheiro do mundial e foi eleito o melhor meia da seleção do torneio. Seu grande brilho lhe rendeu uma venda ao Real Madrid-ESP, o que rendeu €80 milhões aos cofres do Mônaco, sendo essa uma das maiores vendas da história do clube francês.
No Real, apesar das boas atuações no início de sua passagem e os grandes títulos conquistados, começou a enfrentar problemas com lesões, o que passou a assombrar o jogador pelo restante de sua carreira. Apesar disso, em toda sua passagem disputou 127 jogos e marcou 35 gols, sendo bicampeão da Champions League (2016-17 e 2017-18).
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Sem espaço no clube Merengue, James foi emprestado ao Bayern de Munique-ALE, por duas temporadas, entre 2017 e 2019, mas novamente viu as lesões atrapalharem seu desempenho, e após o fim do vínculo com os alemães, retornou ao Real Madrid após 67 partidas e 15 bolas na rede. Nesse meio tempo, disputou a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, mas não teve o mesmo sucesso da primeira em que participou.
Com problemas com o técnico Zinedine Zidane, na temporada seguinte ao seu retorno à Espanha, em 2020-21, o camisa 10 se transferiu para o Everton, sem custos, em busca de ser titular e retomar o futebol em alto nível, mas novamente, não conseguiu voltar a sua melhor forma. No fim da temporada, o ex-treinador da equipe, Rafa Benítez, em uma de suas coletivas de imprensa, disse que ter um jogador como o colombiano no elenco era um problema, e que apesar das qualidades, corria risco de não participar de quase 50% dos jogos do time por conta de suas lesões. Marcou seis gols em 26 jogos na Inglaterra.
Em 2021, apesar de ainda ser considerado uma das grandes estrelas do futebol mundial, sem espaço no clube inglês, James Rodríguez foi vendido ao Al-Rayyan, do Qatar, por €8 milhões, visando se distanciar um pouco dos holofotes. Ficou pouco tempo no clube do Oriente Médio, participando de apenas 16 jogos e marcando cinco gols, já que retornou a Europa, em 2022, dessa vez para atuar pelo Olympiacos, da Grécia, seu último clube, que apesar de não ter o mesmo brilho de temporadas anteriores, esteve presente em 23 jogos e deixando sua marca em cinco oportunidades. Apesar disso, não foi convocado para disputar a Copa do Mundo no Qatar.
James Rodríguez chega ao São Paulo com grande bagagem pelo futebol, e diversos títulos importantes em sua carreira, mas ainda conta com o “fantasma das lesões” assombrando sua trajetória.
