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Jesualdo Ferreira, do Santos, pede igualdade entre equipes no retorno do futebol e diz que atletas precisam de garantias de segurança

Foto: Ivan Storti/Santos FC

O técnico Jesualdo Ferreira voltou a demonstrar preocupação em relação à desigualdade das equipes no retorno das competições oficiais. De acordo com o treinador do Santos, as diferentes datas de retorno dos treinos nos estados fazem com que as equipes estejam em estágios variados quando a bola voltar a rolar.

Para comprovar seu argumento, Jesualdo relembrou que o Santos teve dificuldades no início da temporada, quando teve resultados ruins no Campeonato Paulista. O português relembrou que as equipes do interior tiveram uma pré-temporada mais longa.

“Quando chegamos ao Santos, no início do ano, começamos a treinar no dia 8 de janeiro. O primeiro jogo do Campeonato Paulista foi dia 23. Mas, como sempre acontece, muitas equipes de divisões inferiores já estavam em atividade desde novembro ou dezembro. Com isso, conseguiram estar em um nível acima dos demais durante boa parte da competição. No momento atual, com vários estados e diversos clubes com diferenças na preparação, isso também será um problema. E com equipes de primeira divisão, ainda mais qualificadas. Pela proposta da CBF, que quer começar o Campeonato Brasileiro dia 8 ou 9 de agosto, iniciaríamos com muitos estágios diferentes, que, sob o ponto de vista desportivo, é bastante negativo”, disse Jesualdo.

Por isso, Jesualdo Ferreira insistiu na importância de que as diferenças sejam as menores possíveis para que nenhum time seja prejudicado.

“Toda competição esportiva deve partir de um mesmo princípio: igualdade. As diferenças vão existir de qualquer forma, mas, pelo menos, que se possa diminuir um pouco e sejam amenizadas as dificuldades das equipes que começaram a treinar apenas após a liberação das autoridades”, completou.

Saúde e segurança

Além disso, o técnico do Santos também se mostrou preocupado com a questão da saúde dos jogadores. Vale lembrar que o número de casos diários de Covid-19 no Brasil ainda é muito alto.

“O curto tempo de duração da reta final do Campeonato Paulista fará com que seja intenso e desgastante, sem permitir que as equipes tenham muito espaço para treinamentos. E o Campeonato Brasileiro, pelo que foi proposto, começaria logo em seguida. Teríamos pouca capacidade de atuar em alto nível e, pensando no futuro, poderia ser muito grave para os atletas. Eu temo pela saúde dos jogadores. Além da questão física, tudo isso que está acontecendo tem uma carga emotiva muito grande, mesmo cumprindo todos os protocolos de segurança”, ponderou o português.

Por fim, Jesualdo pediu que os profissionais de futebol tenham todas as garantias de segurança para que os jogos possam voltar a acontecer. E, também, que os trabalhos de prevenção aos riscos de lesões sejam valorizados.

“Qualquer profissional que esteja envolvido no futebol precisa ter o máximo de garantias para que possa participar das atividades de forma segura. Então, quanto mais pudermos fazer o tipo de trabalho que estamos promovendo, que é muito controlado, melhor para nós, melhor para o futebol e melhor para os jogadores, que poderão voltar aos campos com segurança e em alto nível. Diminuir os riscos é nossa obrigação”, finalizou.

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