A derrota para Merab Dvalishivili atrapalhou os planos de José Aldo para tentar o cinturão dos galos do UFC. E também acabou de certa forma colocando o futuro do brasileiro em xeque, com este com uma luta de seu atual contrato faltando para cumprir.
Dedé Pederneiras, treinador do manauara, deu entrevista para o Combate, e revelou que o contrato do ex-campeão dos penas do Ultimate está perto de se encerrar. O possível futuro destino da carreira ainda é desconhecido, mas o chefe da Nova União declarou que chegou a abordar com seu pupilo a possibilidade dele se aposentar.
– Falei com o Aldo para parar. Acho que ele já conquistou muita coisa e não vai ser uma última luta como essa que vai tirar todo o legado dele dentro do esporte. O meu maior medo como atleta é que, quando chega numa fase como essa assim de estar perto do final é uma lesão que pode ferrar o cara para o resto da vida – declarou Pederneiras.
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– Eu já tinha mandado ele se aposentar há muito tempo, já tinha falado antes da luta contra o Frankie Edgar (no UFC 200, em 2016), quando não quiseram fazer a revanche com o (Conor) McGregor. Falei para ele se aposentar, ‘larga logo essa m***’, porque ele não precisava daquela luta e hoje muito menos. Converso com a esposa do Aldo (Viviane Oliveira) e ela tem a mesma opinião. O problema é ele falar que vai parar e aí ele não vai poder fazer boxe, muay thai, nem nada, porque ele ainda tem mais uma luta no contrato dele com o UFC. E, quando eu falo que quero ele se aposente, é mais pela saúde dele – completou.
Ainda que deseje que seu pupilo se aposente, Dedé ainda acredita que existe a chance de José Aldo ainda tente mais uma chance de buscar cinturão no UFC, ou até mesmo de que o contrato seja cumprido. O desejo é de que, se for para ter uma última luta, o manauara possa o fazer em janeiro, quando haverá o retorno do Ultimate ao Rio de Janeiro.
– Acho que vai depender de muita coisa. Depende de muita coisa, de uma última luta, de uma renovação de contrato. Gana para correr ele tem. Vejo ele com todas as chances de ser campeão nos 61kg e fazer ainda mais uma corrida pelo título. Agora, se existir essa motivação para continuar fazendo isso… – disse o treinador.
– Sinceramente, não sei (qual seria um possível adversário numa potencial despedida). Não parei para analisar isso, mas eles não vão dar um ‘frango’ para ele, vão dar um cara lá de cima. Se eu fosse o UFC, estaria pressionando para ter ele no card do Rio. Isso falando como empresário. Se você tem um cara que vende, na cidade dele, e que perdeu mas não levou surra… Vou conversar com o Aldo e irei para os EUA no dia 24 e conversar com o pessoal do UFC para saber o que eles querem, se há o interesse de renovar – finalizou.