O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou o julgamento da jogadora de vôlei Carol Solberg, que estava marcado para a tarde desta terça-feira. O motivo da mudança de data foi porque a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) entraram com pedidos de intervenção.
O relator do caso, Robson Luiz Vieira, vai enviar o processo à procuradoria para analisar a solicitação das entidades. A procuradoria do STJD pretende cobrar multa de R$ 100 mil da atleta e exigirá que ela cumpra suspensão de seis meses, sem atuar em nenhum torneio.
Carol Solberg foi denunciada ao STJD por ter dito “Fora, Bolsonaro” no final de uma entrevista para o canal SporTV. A manifestação da jogadora aconteceu no último dia 20, durante a comemoração da medalha de bronze no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Saquarema (RJ).
A denúncia foi feita com base nos artigos 191 (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição) e 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Outro artigo previsto no Código, é a possibilidade da intervenção de entidades, caso não concordem com o motivo da denúncia. “A intervenção de terceiro poderá ser admitida quando houver legítimo interesse e vinculação direta com a questão discutida no processo, devendo o pedido ser acompanhado da prova de legitimidade, desde que requerido até o dia anterior à sessão de julgamento”.
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