O julgamento do Sport sobre a invasão do gramado da Ilha do Retiro durante a partida contra o Vasco foi adiado. Nesta quarta-feira, auditora relatora da 4ª Comissão Disciplinar do STJD, Adriene Hassen, dicidiu pelo adiamento do julgamento que aconteceria na próxima quinta-feira. A informação foi data inicialmente pelo “Atenção, Vascaínos”.
Na última terça, o procurador do STJD, Ronaldo Piacente, pediu o adiamento do julgamento alegando que novos fatos deveriam ser incluídos no processo, como a denúncia contra o Vasco e o goleiro Halls. As denúncias foram acatadas e o Cruz-Maltino também será julgado, podendo ser multado, enquanto o jogador pode ser suspenso por até seis jogos.
– Retiro o presente processo da pauta do dia 03 de novembro de 2022, adiando o seu julgamento para a imediata próxima sessão a ser realizada por esta 4ª Comissão Disciplinar, com comparecimento desta relatora – diz o que determinou o adiamento do julgamento.
Depois da confirmação do adiamento, o Vasco, que estava como terceiro interessado no processo, antes de ser incluído na denúncia, se pronunciou por meio de nota oficial e criticou o adiamento do julgamento.
“A diretoria do Vasco recebeu com perplexidade e desapontamento o adiamento do julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), às vésperas do mesmo. O Vasco da Gama entende que nada pode ser mais prejudicial à competição do que os incidentes violentos e a falta de segurança que interromperam o jogo Sport x Vasco na Ilha do Retiro”, diz um trecho da nota do Vasco.
O Sport foi denunciado em três artigos do CBJD (205, 211 e 213) e também nos artigos 19 e 20 do Regulamento Geral de Competições da CBF, podendo ser punido com perdas de mando de campo (de uma a dez partidas), multa e também perda do ponto conquistado na partida, com o Vasco sendo declarado vencedor. Assim, caso isso se confirme, o Cruz-Maltino chegaria aos 61 pontos e estaria classificado para a Série A antes mesmo do jogo contra o Ituano, no próximo domingo, pela última rodada da Série B.
Confira a nota oficial do Vasco
A diretoria do Vasco recebeu com perplexidade e desapontamento o adiamento do julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), às vésperas do mesmo. O Vasco da Gama entende que nada pode ser mais prejudicial à competição do que os incidentes violentos e a falta de segurança que interromperam o jogo Sport x Vasco na Ilha do Retiro.
A denúncia contra o Vasco no processo por “rixa, conflito ou tumulto durante a partida”, apresentada após 15 dias da realização da partida, fruto de um pedido do Sport, é totalmente infundada. As imagens são absolutamente claras. A confusão foi promovida exclusivamente pela invasão da torcida Sport no campo, facilitada pela falta de segurança da Ilha do Retiro.
Deve preocupar a todos que prezam pelo respeito às regras e defendem o combate firme à violência no futebol a possibilidade de interferências em um julgamento que deverá ser estritamente técnico.
A nova era do futebol brasileiro não permite mais esse tipo de situação. O julgamento é consequência das barbaridades ocorridas no jogo.
O atleta Raniel foi ofendido moralmente antes, durante e depois da partida por torcedores e dirigentes do Sport. Funcionários do Vasco e bombeiros, que estavam lá para cuidar da integridade física de todos, foram covardemente agredidos. Os dois atletas do Vasco, inclusive, foram punidos sumariamente e sem um julgamento, ficando fora de duas rodadas decisivas do campeonato.
O Vasco, o Campeonato Brasileiro e o futebol são vítimas da invasão do campo e paralisação da partida. A diretoria do Vasco confia na Justiça e na lisura do Tribunal para cumprir os regulamentos, após gravíssimas ocorrências durante a partida, que foram, inclusive, reprovados de forma enfática pelos corretos pronunciamentos da CBF e do próprio STJD após a partida.