Líder da Sempre Vasco e candidato a presidente nas últimas três eleições do clube, Julio Brant não vai poder votar na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do próximo dia 30 de abril, que vai abrir votação sobre a inclusão da SAF no Estatuto do Vasco. O motivo é inadimplência do pagamento das mensalidades de sócio. Ao ge, Brant contestou a decisão, afirmando que até janeiro de 2022 estava quitado, mas depois o clube não o avisou dos meses seguintes e aproveitou para alfinetar a atual diretoria.
– Eu sempre paguei minhas mensalidades anualmente. A minha última mensalidade paga foi dezembro de 2020 até janeiro de 2022. O que aconteceu foi uma falha no meio de pagamento, que gerou uma inadimplência de dois meses e que ninguém me avisou. Surpreendentemente o Vasco não me cobrou. Achei que não fosse acontecer nessa gestão e está acontecendo. Eu perguntei por que não cobraram no cartão e disseram que deve ter havido alguma falha. Todos lá me conhecem, qualquer um poderia ter me ligado e avisado. Isso é normal num clube – comentou Brant.
Em nota, o Vasco desmentiu Brant dizendo que houve transparência no processo de regularização dos sócios e que houve um tempo de tolerância para aqueles que estavam com situação irregular. Eis a nota:
“O Vasco não comenta casos individuais, mas esclarece que os procedimentos da AGE foram amplamente divulgados, tanto pelas mídias e site do clube, quanto pela imprensa. O período de análise da lista durou cinco dias (de 9 a 13 de abril) e vários associados que estavam em débito regularizaram sua situação pelos canais disponibilizados pelo clube: seja presencialmente, pelo site, por e-mail ou whatsapp. No período de impugnações, foram recebidas 56 solicitações, sendo de 55 foram deferidas resultando na inclusão de 51 nomes, exclusão de cinco. Todos os sócios tiveram a oportunidade de regularizar suas pendências no período indicado para participar da votação do dia 30 de abril”.
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Julio Brant, declarado opositor de Jorge Salgado e da atual diretoria, acredita estar havendo uma retaliação a ele pelo fato de ter cobrado publicamente o destino dos R$ 70 milhões de empréstimo-ponte da 777 Partners, feito em fevereiro. Ele também acusa o clube de só ter sabido da inadimplência um dia antes o término do prazo. Brant quitou a dívida três dias após o término e só está disponível para votar na segunda rodada da AGE, quando será votada a proposta vinculante de passar à SAF 70% das ações do futebol do clube.
– O Vasco tem que explicar por que a mensalidade não foi cobrada no meu cartão e por que eu não fui cobrado, o que seria normal. Se você está inadimplente, você recebe um e-mail de cobrança. Não recebi nada. Imediatamente quando soube da inadimplência eu paguei as mensalidades até janeiro de 2023. Só me avisaram, curiosamente, no dia seguinte ao prazo final para entrar na lista da AGE. Com certeza vou votar na segunda AGE, na proposta da 777 – concluiu Julio Brant.
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