O ex-gerente de marketing do São Paulo Edson Lapolla teve a sua suspensão do Conselho Deliberativo e do quadro de sócios do clube suspensa, nesta quinta-feira, 30, por meio de uma tutela de urgência. A notícia foi publicada inicialmente pelo blog do Perrone, no Portal UOL e confirmada pela nossa reportagem, que também teve acesso ao documento.
Lapolla havia sido expulso em maio deste ano devido a um e-mail, no qual teria ofendido o ex-presidente José Eduardo de Mesquita Pimenta e a chapa Grafite – Juntos pelo São Paulo, vencedora da última eleição presidencial do tricolor. O ex-diretor acabou recebendo uma punição por cada infração, ambas com quatro meses ou mais de duração. O São Paulo seguiu o procedimento e cumpriu o estatuto, que prevê a expulsão de membros que tenham pelo menos duas punições com mais de 20 dias de duração, em um intervalo de um ano ou menos.
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Na tarde desta quinta-feira, a juíza Mônica de Cássia Thomas Perez Reis Lobo deu o prazo de 48h, a partir do recebimento, para que a decisão seja cumprida, com multa de R$ 1000 por dia em caso de não cumprimento.
Com exclusividade ao Esporte News Mundo, Lapolla disse que acredita sofrer uma perseguição política e que as denúncias do Ministério Público, que também surgiram nas últimas 24h, deixam claro que ele é “uma pedra no sapato”:
– Sempre foi muito claro que se trata de perseguição política. Agora, com as denúncias do MP, fica muito claro que sou uma pedra no sapato deles. Faz seis anos que denuncio irregularidades no clube.
O São Paulo pode contestar a decisão e tem o prazo de 15 dias para fazê-lo, porém por ser uma tutela de urgência, ela tem validade enquanto durar o processo, até que haja uma decisão contrária à suspensão.
A magistrada aponta em sua decisão que há “suspeição dos membos que votaram pela aplicação da penalidade por serem os próprios ofendidos”, “ocultação parcial de documentos aos membros do Conselho Deliberativo e irregularidade na dosimetria da pena”.