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Leila diz que abrirá concorrência por patrocínio no Palmeiras após término do contrato atual

Leila concedeu entrevista coletiva somente para jornalistas mulheres (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

Mandatária, porém, afirmou que quer empresas sérias, e não “aventureiros”

Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, prometeu abrir concorrência pela vaga de patrocinador máster do clube no final deste ano. A afirmação foi dita durante entrevista coletiva dela em que somente mulheres estiveram presentes, nesta terça-feira (16), na Academia de Futebol.

A situação acontecerá no final do ano, que é quando se encerra o contrato vigente com a Crefisa e a FAM (Centro Universitário das Américas). O vínculo atual foi assinado em agosto de 2021 pelo então presidente Maurício Galiotte e a própria Leila, como dona das empresas – ela ainda não havia sido eleita presidente.

O acordo prevê a exibição exclusiva das parceiras nos uniformes de jogo e de treino das equipes profissional e de base masculinas, além de exposição em outras propriedades de marketing. O valor fixo é o mesmo do vínculo anterior: R$ 81 milhões por ano, podendo chegar a R$ 120 milhões com títulos conquistados. Em 2023, foram R$ 95 milhões de faturamento para o clube com o patrocínio máster, graças aos títulos da Supercopa do Brasil, Campeonato Paulista e Brasileirão – o valor, porém, vem sendo utilizado para abater a dívida antiga do clube com a patrocinadora, que, inclusive, está perto de ser liquidada.

Inicialmente, as marcas também estavam presentes no futebol feminino, mas, em maio de 2022, a própria presidente abriu mão disso e o Verdão passou a ter outros patrocinadores, como a casa de apostas Betfair.

Vale lembrar que o contexto da época em que o contrato foi assinado era o de pandemia de Covid-19, com os estádios ainda fechados para o público inclusive, o que impactou significativamente o mercado. Tanto que, à época, este era o maior patrocínio no futebol da América do Sul, e foi fechado neste período de três anos para coincidir com o mandato atual. No final deste ano, haverá eleições presidenciais no clube, com Leila sendo favorita a continuar no cargo por mais três anos.

“Este patrocínio da Crefisa e FAM vai até dezembro de 2024 e vamos fazer, sim, uma concorrência. Se a Crefisa ou FAM tiverem interesse em cobrir estas propostas, quem vai decidir não vai ser a Leila. Em novembro vamos ter eleições, sou candidata, mas não sei se vou ser reeleita. Mas, nós vamos renovar esse patrocínio este ano ainda, para começar a vigorar em janeiro do ano que vem Se a Crefisa tiver interesse em cobrir propostas, o clube tem o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), vou submeter a eles”, disse.

Porém, a mandatária enfatizou que quer uma empresa séria, com credibilidade, e não aventureiros. “Queremos empresas com credibilidade, que possam honrar os seus compromissos com o Palmeiras. Existem muitos aventureiros que querem se valer da marca do Palmeiras, aparecem durante um, dois meses e não pagam nada. Aí você vai executar a empresa, e ela não tem absolutamente nada, como que faz?”

“Quero empresas parceiras sérias, que possam cumprir o que se comprometem, se não fica muito bonito, faço uma festa aqui, vão pagar 400 milhões, e cadê o dinheiro? Estes contratos têm parte fixa e variável. O que interessa é o fixo. O Palmeiras não quer ser sócio de patrocinador, quer parceiros que vinculem suas marcas à nossa marca e seja bom para o parceiro e para o clube.”

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As respostas vêm após cobranças da torcida a respeito do patrocínio alviverde, pois outros clubes acertaram valores maiores com empresas, casos de Flamengo e Corinthians. Outra reclamação de palmeirenses é o fato da Crefisa e da FAM terem exclusividade na camisa alviverde, diferentemente do que ocorre na maioria dos clubes.

Flamengo e Corinthians, por exemplo, vendem diversos espaços de suas camisas, além do máster, e com isso o uniforme rubro-negro já está valendo R$ 156, 8 milhões por ano, R$ 76 milhões a mais do que a camisa masculina do Verdão, excluindo os fornecedores de material esportivo. Vale ressaltar que estão incluídos valores do time feminino rubro-negro, algo que no Palmeiras é separado da Crefisa e FAM. Em 2023, por exemplo, o feminino teve um faturamento de R$ 13 milhões.

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No começo do ano, o Timão anunciou o maior patrocínio máster da história do futebol brasileiro com a casa de apostas VaideBet. No total, em três anos de contrato, serão pagos R$ 120 milhões por ano, R$ 39 milhões a mais do que o Verdão fatura hoje de maneira fixa. Tudo isto aumentou a cobrança em cima de Leila Pereira, que havia prometido cobrir um eventual patrocínio maior do rival, em entrevista dada em 2023. Nesta terça, ela sinalizou de que não fará isso, pelo menos não na vigência do atual contrato.

A respeito do patrocínio alvinegro, ela comentou. “Eu ratifico aqui. Está comprovado esse valor? Depositam esses valores na conta? Estou falando de fatos. Não quero falar de instituições. Muitas vezes aparecem empresas aqui no Palmeiras, oferecendo valores que quando peço para fazer uma verificação nas empresas, não tem capacidade econômica para arcar com os valores que estão no contrato”.

Na sequência, ela aproveitou para dar uma “cutucada” no rival, que não ganha um título desde 2019. “Nossa rivalidade, nossa briga do bem, é em campo. As coisas estão sendo distorcidas, não vou entrar nesta pilha. O Palmeiras vai seguir protagonista e vitorioso em campo. É minha responsabilidade, senão daqui a pouco estes clubes não ganham nada em campo e falam que tem patrocinador maior. Nosso foco é dentro de campo, não vou ser irresponsável de mostrar patrocinador que sei que não tem capacidade para arcar com os valores”, afirmou.

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