Uma das maiores lendas do jiu-jítsu e dos esportes de combate passa por um drama pessoal. Rickson Gracie revelou sofrer do mal de Parkinson, numa entrevista feita para o canal de Kyra Gracie no Youtube.
No vídeo, Rickson, de 64 pontos, afirmou que recebeu o diagnóstico da doença ‘há dois anos’, sem explicar as circunstâncias de como acabou iniciando a sua descoberta. O ex-lutador declarou que seu seu sistema motor está ‘prejudicado’, com tremores nas mãos e dificuldade de locomoção.
– Estou pronto para tudo. Não aceito somente os meus erros, mas também as minhas vitórias. Eu aceito a vida e tudo o que fiz, então estou feliz. Essa condição que eu tenho me fez abrir os olhos para a minha idade e a realidade. Não mudou desde então, mas minha mão treme um pouco e tenho uma deficiência em meus movimentos, coisas que eu não tinha antes – disse a lenda das lutas.
O brasileiro, no entanto, evita se abater com o fato de ser portador do mal de Parkinson. O ex-lutador diz encarar sua situação de forma ‘positiva’ e vê a doença como uma situação ‘dada por Deus’ para que possa ‘fazer o melhor para sua vida’ e tentar tirar algo que ajude a outros que passam por situações semelhantes.
– Não vejo como surpresa, mas é algo como Deus me deu para ver o que posso fazer com isso. Se eu te der muito dinheiro e você fizer coisas ruins com ele, esse dinheiro não serviu para nada. Mas se eu te der esse dinheiro e você fizer coisas boas com ele, terei orgulho de ter o pago – comentou Rickson,
– Isso (o Parkinson) não me incomoda tanto porque minha ainda tenho a motivação para acordar cedo e trabalhar. Deus me deu uma situação para eu torná-la algo positivo. E a coisa mais importante hoje é poder dizer o quão grato sou ao jiu-jítsu. De poder trabalhar pelo jiu-jítsu e empoderar pessoas. Transformá-las de um jeito que faça o jiu-jítsu ser mais acessível aos que precisam. Me vejo como se estivesse nadando num mar azul, esperando pelo amanhã sem me preocupar.- completou.
A história de Rickson Gracie com o que hoje é o MMA vem desde os desafios de vale tudo dos anos 80, os quais o ajudaram a se tornar um dos grandes nomes das lutas, bem como sua passagem pelo Pride, onde se tornou a primeira grande estrela da organização japonesa. Segundo relato do próprio, são mais de 450 vitórias em lutas, um cartel considerado ‘não oficial’ (em lutas oficiais, venceu todas as suas nove disputas).
