As polêmicas de arbitragem marcaram a coletiva do técnico Lisca após o empate entre Vasco e Brasil-RS, em 1 a 1, em São Januário. O Cruz-Maltino teve um gol anulado, aos 40 do segundo tempo, em que Daniel Amorim pegou rebote de cobrança de falta de Andrey na trave. O equipamento de árbitro de vídeo, no entanto, não foi capaz de traçar as linhas para analisar o lance. O treinador vascaíno não escondeu a indignação com o lance.
– Daniel entrou muito bem, fez dois gols, um de cabeça bonito, que é a característica dele. Gente, desculpa, mas o gol anulado é lamentável. É lamentável o que aconteceu em São Januário com VAR e tudo. Com bandeira, juiz, VAR em cima e comunicação, não tem como dar aquele impedimento. Ele vem de trás depois do impedimento do Andrey. Está bem claro. Foi um erro gritante – reclamou Lisca, que completou:
–Hoje o jogo foi decidido pelo erro da arbitragem, um impedimento ridículo marcado. Acho que o bandeira foi no protocolo, esperando as linhas, mas acho que tem que rever o protocolo. Porque o bandeira levanta, vamos olhar o lance, e aí prevalece a situação de campo. Totalmente equivocada! E não vai acontecer nada. Eu fui prejudicado o tempo inteiro aqui no Vasco. É difícil, cara, mas temos que manter a cabeça no lugar e trabalhar as situações para segunda-feira. Temos que ter erro zero nos próximos jogos, e os erros nos atrapalham demais.
Vejas outras respostas da coletiva de Lisca:
Postura da equipe:
Talvez a gente saindo na frente e fazendo eles se abrirem mais fosse diferente. Quando está 1 a 0 para o adversário, o poder de superação aumenta. Quando você tem a vantagem, isso não acontece. Contra a Ponte, saímos na frente e conseguimos mais espaços. Perdemos o pênalti e ainda entregamos o gol, isso fortaleceu demais a estratégia deles.
Panorama para a Série B:
O panorama é o mesmo. Precisamos de nove a dez vitórias. Precisávamos de dois a três empates. Hoje tivemos um empate. Claro que a frustração veio pelo resultado. Não pela luta dos jogadores, pela superioridade do Vasco, da posse de bola, mais de 75%. Trocamos mais de 520 e poucos passes. Passamos a noite inteira agredindo. Tivemos um pênalti que voltou atrás. Esse pênalti eu nem vou discutir, pode acontecer, foi um lance duvidoso.
Gol anulado
Mas o gol do Daniel não tem discussão. Não tem a mínima discussão. Acabei de ver o lance, ele vem de trás. Não é nem ele que está mais à frente, ele vem de trás. Não tem como marcar um impedimento como aquele. Eu acho que o bandeira foi no protocolo, esperou as linhas, mas, mais uma vez, aqui em São Januário, as linhas não foram traçadas. Já foi na Série A no ano passado. Este ano, em um momento decisivo do jogo houve um erro gritante de arbitragem. Perdemos um pênalti, falhamos de novo no gol individualmente, coisa que temos que melhorar. Talvez seja a única maneira do Brasil fazer um gol em nós. Demos o gol para o Brasil. Eles não criaram a situação do gol. Erramos bastante e mais uma vez demos o gol para o adversário. Poderíamos ter saído com a vitória pelo que foi o jogo.
Jejum de Cano
Acho que é um conjunto de várias situações. Não é o momento. O Cano tem tido várias situações. Hoje ele teve inclusive um pênalti, acabou não acertando. Tem participado, a bola tem passado bastante na área, talvez um pouquinho mais de sincronia no passe, com o movimento dele. Ele precisa fazer o gol para tirar também da cabeça. Ele está chateado com essa situação, porque é uma referência nossa. É um cara que puxa o processo, e os gols dele fazem muita falta para gente. Basta ver os desempenhos nos jogos, a nossa pontuação. Talvez tivessem uns dois, três, quatro golzinhos dele aí nesses jogos, e a situação seria diferente. Mas ele está brigando demais, está trabalhando, não está se entregando, e é isso que nós vamos fazer. Dar confiança, melhorar essa sincronia dos passes, dos movimentos e achar o espaço ideal para ele. Para ele voltar a ser o artilheiro e a referência que ele sempre foi aqui no Vasco.