Sensibilizado com as dificuldades enfrentadas por um garoto na tentativa de se tornar jogador de futebol profissional, Luiz Gustavo abraçou uma causa solidária e encabeçou criação de uma rifa beneficente.
Zagueiro, atualmente vinculado ao Cuiabá, definiu como prêmio uma camisa oficial do Palmeiras, autografado por alguns campeões brasileiros de 2016, com objetivo de arrecadar dinheiro para ajudar dois jovens de Valentim Gentil, onde é nascido e criado, no noroeste paulista, nas despesas para realização de testes.
Os pratas da casa atendem pelo nome de Pedro Henrique e Rafael, os quais planejam disputar uma competição em Portugal neste ano.
Todo montante obtido será destinado aos meninos no transporte, alimentação e hospedagem. O valor de cada número é R$ 10, enquanto o pagamento pode ser feito por meio de cartão de crédito ou boleto bancário – clique aqui para participar.
“Os garotos são da minha cidade mesmo. Na verdade, nós, que somos jogadores de futebol, sabemos muito bem a dificuldade que é, ainda mais vindo de uma cidade pequena e sem muitas oportunidades neste ramo do futebol. Então eu sei o que eu passei quando eu estava no começo. Foram as dificuldades financeiras para poder ir, fazer teste, comprar passagem para ir aos clubes. Comigo aconteceu a mesma coisa. Eu tive ajuda de pessoas também. O meu pai e a minha mãe sempre fizeram o que pôde na medida do possível daquilo que eles podiam naquele momento. Ainda assim, tinha muita dificuldade”, pontuou Gustavo, em entrevista ao Esporte News Mundo.
“Então, se não fossem ajudas de pessoas da família, alguns empresários e alguns amigos próximos para ajudarem, creio eu que não teria dado certo. Normalmente, o pessoal vem de família humilde e sem condições. Então eu fico feliz de poder estar ajudando e poder estar contribuindo, porque no começo eu precisei. Foi assim também. Então eu vejo isso como uma oportunidade para eles para que eles deem valor e saibam aproveitar essa oportunidade que eles estão tendo. A gente faz as coisas na medida do possível também. Acredito eu que essa rifa, com um pouco de cada um, se torna muito. Então um pouco de cada um não fica pesado e não fica puxado para ninguém. Então a intenção minha é sempre ajudar o próximo da melhor forma possível. Com os meninos, não está sendo diferente”, acrescentou.
O sorteio do ganhador, sem meta estipulada de arrecadação, será realizado em 30 de julho, sexta-feira, às 19h.
“Não tem nenhuma meta estipulada de valores. O valor que nós conseguirmos nessa rifa será revertido para ajuda dos meninos. É essa ajuda para eles custear hospedagem, alimentação e transporte nesse período que eles vão ficar por lá. Pode se estender um pouco mais ou não. Isso depende se eles forem bem. Tomara Deus que eles vão bem. A gente está na torcida também”, pontuou Luiz.
“Os garotos são da nossa região aqui e da minha cidade. É sempre bom ter pessoas representando a nossa cidade e o nosso estado mundo afora aí. Então não tem nenhum valor fixo de meta. O valor arrecadado que a gente conseguir em cima dessa rifa e dessa camiseta camisa do Palmeiras vai ser todo revertido para eles, independentemente da quantidade”, finalizou.
RELEMBRE
O elenco do Palmeiras, no Campeonato Brasileiro de 2016, era formado por vários ídolos da torcida. Entre os principais nomes estão os goleiros Fernando Prass e Jaílson, o zagueiro Edu Dracena, atual dirigente, o lateral-esquerdo Zé Roberto, os atacantes Dudu e Gabriel Jesus, entre outros.
Aos 27 anos, Luiz Gustavo, com passagem pelas categorias de base de Mirassol e Palmeiras, também contabiliza passagens por Vitória, Ferroviária, Avaí, Oeste, Vasco da Gama, Guarani, Goiás e Cuiabá.
Em recuperação de cirurgia para corrigir ruptura no ligamento do joelho, zagueiro trabalha junto ao Departamento Médico para retornar aos gramados no início do segundo semestre pelo clube do Mato Grosso.
Um dos principais momentos da carreira do jogador foi no Guarani, no segundo semestre de 2019, quando tornou-se titular absoluto com Thiago Carpini e foi o capitão do elenco na arrancada histórica na Série B do Campeonato Brasileiro, na luta contra a zona de rebaixamento.
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