Luiz Henrique era somente mais um menino que chegou a Xerém repleto de sonhos. Aos 11 anos, aquele moleque habilidoso não poderia imaginar que um dia teria o Maracanã aos seus pés. De lá para cá, ele cresceu, evoluiu, recompensou dentro de campo o clube que o fez dar os primeiros passos no futebol e, agora, se despede para realizar outro sonho: o de jogar na Europa. O atacante fará neste domingo, no clássico contra o Botafogo, às 16h, no Estádio Nilton Santos, seu último jogo pelo Fluminense antes de seguir viagem. Mas, para o eterno Moleque de Xerém, o adeus tem todos os sinais de um “até logo”.
– Vou te falar que estou muito ansioso. Meu último jogo aqui no Fluminense, não sei se vou conseguir dormir de tanta ansiedade. Vai ser um clássico muito bom, a gente vai dar o nosso máximo. Eu vou dar o meu máximo, vai ser meu último jogo dessa minha história aqui no Fluminense, mas eu sei que um dia eu vou voltar para esse clube que me apoiou, que me abriu as portas quando eu tinha 11 anos. Se Deus quiser vai sair gol e vamos conseguir a vitória – disse.
Quando entrar em campo no clássico, o garoto completará 120 jogos pelo Tricolor e, ao apito final, vai se despedir com o sentimento de dever cumprido. Após viver metade de sua vida dentro do Fluminense, Luiz Henrique mostrou gratidão ao clube.
– Todos os Moleques de Xerém que sobem para o profissional dão a vida, honram a camisa e fazem de tudo por esse clube. Não importa a idade, a gente sempre entra com a mentalidade muito boa. É muito importante o que o clube faz por nós – declarou.
A ascensão é fruto de uma mistura que combina ingredientes como talento, humildade e muito esforço. Tudo isso fez com que, aos 21 anos, Luiz Henrique realizasse o sonho de jogar no futebol europeu.
– Isso foi fruto do meu trabalho, de um moleque humilde que trabalha muito. Graças a Deus passou rápido, agora estou indo e é só aproveitar – disse.
Com 14 gols na carreira como profissional, Luiz Henrique não esconde o desejo de vencer e balançar as redes ao menos mais uma vez pelo Fluminense. Seria, para ele, o desfecho perfeito e um presente para a torcida, por quem carrega eterna gratidão.
– Torcida tricolor, muito obrigado pelo carinho de vocês por mim. Me apoiaram bastante, me ajudaram muito e disseram muitas coisas boas. Um dia, se Deus quiser, eu vou voltar para o Fluminense e ouvir vocês de novo gritando meu nome. Podem esperar muita raça no clássico, vou dar a minha vida – finalizou.