Segundo Vanderlei Luxemburgo, o São Paulo conquistou de forma merecida a vaga na próxima fase da Copa do Brasil em relação ao Corinthians. O treinador reconheceu que sua estratégia inicial de montar a equipe com foco no contra-ataque não obteve sucesso devido à surpreendente intensidade apresentada pelo adversário. Essa dinâmica foi um fator determinante na derrota por 2 a 0 na semifinal realizada nesta quarta-feira.
– A estratégia que criei foi sabendo que o São Paulo viria para cima. Tornei o time mais marcador, mas não conseguimos sair. A diferença do jogo foi que o São Paulo correu a 200 km por hora no primeiro tempo e nós corremos a 20. A intensidade deles fez a diferença – disse o treinador alvinegro.
Luxemburgo foi direto ao afirmar que o Corinthians adotou uma postura defensiva, buscando conter o clássico e preservar a vantagem obtida no primeiro jogo.
– Eu pretendia levar o jogo para o segundo tempo para expor o São Paulo aos nossos contra-ataques, mas saindo perdendo por dois gols, e mudou. Nós é que ficamos expostos ao contra-ataque. O segundo tempo foi totalmente diferente, fomos mais para frente e conseguimos algumas situações, mas jogar só um tempo em uma decisão é muito pouco – reconheceu Luxa.
O treinador persistiu com a mesma abordagem tática que havia falhado no confronto anterior contra o Coritiba no último domingo. Optou por alinhar dois volantes e três meias, mas o meio-campo não conseguiu conter efetivamente Lucas Moura. Luxemburgo defende sua posição, argumentando que as suas escolhas não foram o fator decisivo para a eliminação da equipe.
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– A diferença do jogo, para mim, não é a escalação. O São Paulo foi superior na atitude e na intensidade do jogo. Vocês querem achar um culpado, mas o São Paulo foi superior a nós e mereceu o resultado. Se nós tivéssemos outra escalação, e o São Paulo jogasse da mesma maneira, também poderia vencer. Nós temos a mania de esquecer o mérito do adversário, mas não se pode fazer isso com o São Paulo hoje. Fez um grande jogo – disse Luxemburgo.
– Nós não conseguimos a transição em momento algum. Eu achava que a gente defenderia, tendo Adson e Ruan para dar velocidade. Nosso time nunca conseguiu chegar na bola, porque o adversário estava se movimentando sem que a gente chegasse neles. A transição só acontece quando você rouba a bola e inicia um ataque, mas nós não pegamos o adversário desprotegido (nenhuma vez) – completou o técnico do Corinthians