Luxemburgo avalia partida do Cruzeiro e critica Marcinho: ‘Tem que mudar a forma de jogar’

O Cruzeiro empatou com o Vitória, em 2 a 2, no Independência, nesta quarta-feira (11), em jogo válido pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. E, após o apito final do árbitro, o técnico celeste, Vanderlei Luxemburgo, comentou a partida feita pela Raposa. Ele também aproveitou para avaliar o desempenho individual de alguns atletas, como o do jovem Marcinho. 

A respeito do duelo em si, Luxemburgo disse ter ficado decepcionado com o primeiro tempo de jogo, porém, se mostrou satisfeito com a mudança de comportamento e atitude do elenco na etapa complementar.  

– Foram dois tempos distintos. O primeiro nós jogamos muito espaçado, sem encostar no adversário, sem marcar e a marcação muito afastada, e eles marcando forte e a gente não conseguia quebrar a linha. Realmente uma dificuldade. No segundo tempo, não tinha porquê esperar perdendo o jogo, tem que ter uma atitude. Então, adiantei o Rafael Sobis, porque a zaga deles era alta e por cima estavam ganhando tudo, e o Sobis por baixo consegue em metida de bola fazer gol. Então, o Marcelo Moreno saiu, adiantei o Rafael e coloquei o Giovanni e o Marcinho para dar mais qualidade no meio de campo, porque com um volante só tem sobrecarga, tanto que o Ariel Cabral sentiu a coxa. E nós viramos o jogo. E com a vantagem, tem que furar a bola, fazer falta. Tem que parar a jogada com a falta, o que é do jogo, não é proibido fazer falta. Mas gostei da atitude da equipe, que saiu atrás do placar e conseguiu virar. Mas, temos jogos ainda, temos que buscar a diferença fora de casa e vamos buscar. Fico chateado com o primeiro tempo e com o segundo satisfeito. 

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Já a avaliação individual do jovem Marcinho foi mais dura. Segundo o técnico cruzeirense, o meia precisa aprender muito e jogar com simplicidade. 

– O que eu não gostei do jogo? Do Marcinho. Futebol é muito simples, não precisa fazer muita coisa. Tem que ser mais simples, ele começou a virar muito o corpo para lá, para cá, e às vezes sem necessidade. Ele tem que usar o talento com simplicidade. Os grandes jogadores usaram o talento com simplicidade. A partir do momento que você vira a bunda para o lado, para o outro, você ajuda o adversário a se marcar. Uma coisa que vou ensinar para ele.  O Giovanni conseguiu clarear muito mais as jogadas do que o Marcinho. O Marcinho vai ter que mudar a forma de jogar dele, não sou conta a driblar e nada disso, mas isso tem que ser feito com simplicidade. Não estou criticando e arrebentando o jogador, não. Ele é muito bom jogador. Estou falando uma coisa que já falei para ele. Ele tem condição de jogar na equipe. Mas tenho que ensinar a ele que futebol é simples. Quanto mais simples, mais eficiente -, disse Luxemburgo. 

TEMPOS DISTINTOS! 

Sobre os dois tempos distintos diante do Vitória, Vanderlei Luxemburgo atribuiu a discrepância em campo a “coisa de futebol”. Segundo ele, é normal que haja um tempo melhor que outro ou um ruim e outro bom. Porém, ele ressaltou também a importância da regularidade.

– Hoje não tivemos regularidade. Foi um primeiro tempo irregular, sem intensidade e um segundo tempo totalmente diferente. O técnico tem que ver o que está acontecendo no jogo e atuar. Essa é a função do treinador, e eu não tenho compromisso com nenhum jogador, eu tenho compromisso com o Cruzeiro, então, eu tenho que fazer as mexidas que são necessárias para o Cruzeiro reagir. Infelizmente, tomamos o segundo gol na única jogada deles. 

A ZAGA… 

Quando perguntado sobre a zaga do Cruzeiro e o gol de empate sofrido, Luxemburgo destacou que não é somente culpa da defesa. Para ele, time é aquele em que todos marcam. 

– A análise que eu faço é a seguinte: a zaga. Mas para não chegar na zaga, alguém tem que parar a jogada para que os atacantes não enfrentem nossos zagueiros. Então, alguém tem que marcar, fala zaga, mas acho que de repente é outro cara que devia marcar e não deixar passar da lateral, aí vai parar na zaga e a culpada é a zaga. Eu tive um problema ali que eu ia fazer uma coisa bem simples, que era tirar o Bruno e colocar o Rafael Sobis pela esquerda, mas ele me disse que estava no limite. Fizemos a vantagem e fechamos o meio. E infelizmente tomamos um gol em que você fala da zaga e eu falo: time marca, a bola não pode sobrar para a zaga no mano a mano, time tem que marcar e não pode sair pelo lado e chegar na área para meter uma bola. Então, a marcação é geral -, afirmou Luxemburgo. 

O Cruzeiro, de Luxemburgo, com o empate, assumiu a 15ª colocação com 17 pontos. Agora, a equipe mineira só volta a campo no próximo sábado (14), diante do Sampaio Corrêa, para buscar a reação na Série B do Campeonato Brasileiro.

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