No último dia 16, o estádio do Maracanã completou 70 anos, e o ENM fez uma série de reportagens especiais para homenageá-lo.
Quem fez história no estádio foi o Neto, ex-jogador e atualmente comentarista esportivo do Grupo Bandeirantes, ao fazer um golaço de falta, em 1991, contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro.
Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, Neto falou a respeito da votação feita pelo Globoesporte.com sobre o gol de falta mais bonito do Maracanã. Os internautas escolheram a pintura protagonizada pelo Petkovic, na final do Campeonato Carioca de 2001, vencida pelo Flamengo diante do Vasco. O ex-jogador discorda, mas parebenizou o sérvio.
— Pra mim, nenhum gol de falta foi mais bonito do que esse meu. Por exemplo, o gol do Rivellino, pelo Fluminense foi maravilhoso. Ele deu um elástico e foi muito mais bonito. Mas, de falta, nenhum gol foi mais bonito do que o meu. O Petkovic ganhou, primeiro porque foi o gol do título e é a torcida do Flamengo votando. Mas, mesmo assim, eu contra toda a torcida do Flamengo e todas as outras torcidas que, muitas vezes não tem esse tipo de democracia, porque ali não é o Corinthians que está disputando. É o gol e a beleza dele. Mas envolve muito isso, mas eu respeito ele que, ganhou democraticamente. Parabéns pra ele. Esse gol deveria ter tido placa no Maracanã. Eu acho que vou lançar uma campanha para isso — disse Neto ao ENM.
Neto também falou sobre a atmosfera do Maracanã.
— Mas todo atleta no começo de carreira, quando ele chega para entrar no túnel, para pisar no gramado. Nenhum estádio no mundo é igual ao Maracanã. Setenta anos de Maracanã são 70 anos de maravilha. A nossa seleção nunca foi campeã do mundo no Maracanã — completou o comentarista.
O comentarista viveu os dois lados da moeda. Esteve no Maracanã como atleta e também como comentarista. Porém, Neto prefere a sensação de estar no estádio como jogador do que numa transmissão.
— Para falar a verdade, não tem comparação. Eu fiz a final da Copa do Mundo, final da Olimpíada, fiz muitos jogos importantes. Fiz jogos maravilhosos no Maracanã, como comentarista nesses 20 anos de carreira. Mas jogar, ficar lá dentro, ficar no vestiário. Ser vaiado. Ser aplaudido. A maioria das vezes eu fui vaiado. Mas eu caguei para isso. Jogar foi muito mais emocionante do que estar comentando o jogo — finalizou.