Corinthians
Mateus Vital se isola na artilharia do Corinthians na temporada e se como consolida como peça-chave do ataque alvinegro
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Com o gol feito na despedida do Corinthians na Copa Sul-Americana contra o River Plate-PAR na última quarta-feira (26), Mateus Vital chegou a cinco bolas na rede na temporada 2021 e se isolou na disputa da artilharia do time no ano.
Além da fase goleadora, o meia também é o jogador do elenco com mais assistências para seus companheiros, tendo dado três passes para gol, chegando ao total de oito participações diretas para tentos do Timão.
Essa crescente de produção do jovem de 23 anos deu a ele o papel de protagonista do ataque corinthiano, que se mostrou carente, na última temporada, de um nome que chamasse a responsabilidade e conseguisse desempenhar com regularidade boas atuações, e aparece em um momento de transição, com mudança de técnico e à beira do início do Brasileirão.
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Se nomes mais badalados do elenco como Luan e Jô oscilam e ainda não conseguem carregar o fardo de ser o líder técnico no setor ofensivo da equipe, Vital, por outro lado, mostra personalidade e, mesmo depois de uma artroscopia que o tirou de combate por mais de um mês, mostra jogo a jogo o porquê dele ser o líder de estatísticas ofensivas do time.
Porém, se engana quem pensa que essa boa fase apareceu rapidamente e sem esforço do atleta. Em seu quarto ano no clube, o meia formado nas categorias de base do Vasco já viveu períodos longos em baixa, sem receber tantas oportunidades como titular, passando por testes em diferentes faixas do ataque e mostrou resiliência para passar por tudo isso e começar a deslanchar nas mãos de Vagner Mancini.
Apesar da passagem do treinador pelo Alvinegro paulista, em resumo, ter como único feito positivo ter evitado o rebaixamento do Timão para a Série B em 2020, ela foi importantíssima para a virada de chave no desempenho de Vital.
Mais maduro e focado em subir de produção, o carioca mostrou disposição para treinar em separado com um profissional de musculação para melhorar seus atributos físicos e, sob as orientações e confiança passada por Mancini, colheu os resultados dentro de campo, tendo sua temporada mais goleadora, que já foi ultrapassada pelos números atuais.
Isso mostrou a evolução do jogador em todos os aspectos que interferem em seu desenvolvimento dentro das quatro linhas. O garoto que chegou com 19 anos ao Parque São Jorge, hoje, está muito mais desenvolvido em termos táticos, físicos e técnicos.
Assim, o camisa 22 do Timão pode, de vez, se consolidar como “o cara” do Corinthians e, além disso, mesmo longe de ser um veterano, usar sua experiência no clube para orientar os jovens que estão subindo agora do “Terrão corinthiano”, como Adson, Rodrigo Varanda, Cauê, Gabriel Pereira, entre outros, que, assim como ele já viveu, estão passando pelo processo de adaptação ao time de cima.
E no momento atual que o Corinthians vive, de contenção de gastos e sem investimentos em contratações, ter um atleta no elenco que oriente os garotos e sirva de espelho como caminho certo para ter sucesso dentro do clube, já que há pouco tempo vivenciou isso, pode ser o trunfo para o Timão ter melhores esperanças no Brasileirão que está para começar.