No título da Copa Libertadores de 2011, o Santos contou com a raça, a voluntariedade e a irreverência do atacante Zé Eduardo. Embora tenha marcado somente um gol, o atleta atuou em 13 partidas e deu duas assistências.
O gol crucial foi marcado no empate em 3 a 3 com o Cerro Porteño-PAR, na semifinal do torneio continental. O curioso é que o tento e até mesmo a presença de Zé Love na campanha quase não ocorreu, pois o atacante havia sido vendido ao Genoa-ITA, por R$ 11 milhões em janeiro daquele ano. A transferência não ocorreu por um motivo inusitado.
Além do Santos, o atacante tinha a proposta de empréstimo do Internacional, mas optou por escolher o Alvinegro pelas boas atuações no ano anterior.
“Eu fui para a Itália em janeiro de 2011, acabei sendo vendido. Quando fui vendido, eu cheguei no Genoa como extracomunitário (jogador sem passaporte da União Europeia) e lá já tinha isso, estava no limite. Meu passaporte italiano não ficou pronto naquele momento, então surgiu as propostas para voltar ao Brasil de empréstimo. Minha preferência era o Santos, mas o Internacional também estava interessado. Graças a Deus retornei para o Santos e a gente conseguiu conquistar a Libertadores”, explicou Zé com exclusividade ao Esporte News Mundo.
Logo depois o segundo jogo das oitavas de final contra o América-MEX, os jogadores do Santos se uniram e perceberam que o clube era um dos favoritos a conquistar o título continental.
Na ocasião, o Alvinegro empatou com o time mexicano em 0 a 0, em Querétaro-MEX. O goleiro Rafael foi destaque ao praticar defesas difíceis. Na partida de ida, na Vila, o Santos venceu por 1 a 0, com gol do meia Ganso.
“Foi depois do segundo jogo do México (contra o América-MEX), a gente acabou empatando em 0 a 0 lá, tomamos sufoco os 90 minutos. Ganhamos por 1 a 0 aqui em um jogo sofrido. A gente viu que tinha uma boa chance de ganhar a Libertadores, porque tiramos um dos melhores times da competição”, afirmou o ex-camisa 20 do Peixe.
Entre 2010 e 2011, Zé também formava dupla com o craque Neymar dentro do gramado com gols e fora dele com irreverência. O atleta, hoje no Brasiliense-DF, exaltou o Menino da Vila e chamou o elenco tricampeão da Libertadores de “família”.
Além disso, o atacante ressaltou que está com 100% de aproveitamento quando o assunto é disputar o título do torneio continental.
“O Neymar era um menino também, mas já tinha uma experiência e qualidade. Éramos um grupo, nos juntávamos ali, sabíamos do potencial de cada um. Não foi à toa que conquistamos a Libertadores, é um sonho de qualquer jogador que atua aqui na América. Eu posso falar que eu joguei uma Libertadores e ganhei uma (risos), estou invicto. O grupo era uma família, é difícil no futebol falar assim, porque o futebol é um negócio bem complicado”, finalizou.
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