Dorival Júnior valorizou a atuação do Flamengo na derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, na noite desta quarta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de Copa do Brasil. Em entrevista coletiva, o treinador exaltou a postura da equipe carioca dentro de campo e destacou a individualidade de Hulk, que desequilibrou pelo lado mineiro.
– Acho que fizemos um grande jogo. Jogo que propusemos, conseguimos colocar o Atlético no seu campo, jogamos com muita intensidade, buscamos o gol a todo momento. Fiquei satisfeito com a atuação que o Flamengo teve, conseguimos diminuir o placar. Estamos no caminho certo – afirmou Dorival.
Para o técnico rubro-negro, a atuação individual de Hulk foi crucial para o triunfo do Galo. Segundo Dorival, o ex-atacante da seleção brasileira desequilibrou o duelo e definiu a partida. O atacante da equipe mineira marcou belo gol de cobertura para abrir o placar e ainda fez a jogada do gol de Ademir, o segundo do Atlético-MG.
– Hulk teve uma noite muito boa, praticamente definiu a sorte da partida com duas jogadas individuais. Isso é característica dele. Fiquei muito satisfeito com o Flamengo. Independente de tomar dois gols, estamos encontrando um caminho. Flamengo jogou com muita gana. Logicamente que num jogo desse o confronto estaria aberto com qualquer resultado. Vamos ver no segundo tempo dos outros 90 minutos – disse o treinador.
Se Hulk teve destaque, Gabigol, por outro lado, decepcionou os flamenguistas. O camisa nove rubro-negro pouco participou do jogo e deixou o gramado sem conseguir dar uma finalização ao gol defendido por Everson. Apesar do rendimento abaixo do esperado, Dorival saiu em defesa do atacante:
– Natural um artilheiro como ele ficar com uma ansiedade de querer definir a todo momento e a bola não chegar. Agora, com o volume que começamos a ter, e nos últimos quatro jogos tendo volume em dois deles, estamos trabalhando muito esse último terço do campo, com trabalho de infiltração, de movimento coordenado entre a saída de um homem e a entrada de outro. Aos poucos ele volta a encontrar seu caminho. Gabriel tem faro, se posiciona como ninguém, assim como o Pedro. A bola vai chegar, é só termos um pouco mais de paciência.
O jogo de volta entre Flamengo e Atlético-MG tem data marcada para o dia 13 de julho, no Maracanã. Antes disso, o Rubro-Negro possui compromissos importantes pelo Campeonato Brasileiro, além dos duelos com o Tolima, válidos pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
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Confira outros trechos da coletiva de Dorival:
Evolução do time
– Aos poucos alguns problemas vão sendo resolvidos e sanados. As pessoas podem falar que o Atlético deu a bola ao Flamengo, mas é o contrário, o Flamengo que não deu a bola ao Atlético. Ainda temos alguns pequenos problemas que estamos trabalhando e observando para que melhoremos ao longo das partidas. Esse movimento de infiltração é mais do que necessário tendo os jogadores do nível que temos, com a aproximação que está acontecendo, faltando apenas o último detalhe, o último passe para que tenhamos possibilidade de definições.
– Isso tudo vai ser organizado e estamos tentando corrigir alguma coisa, mas infelizmente é com o campeonato em andamento e muito pouco tempo de trabalho. A evolução é nítida, mas os resultados negativos acabam encobrindo muita coisa. Mas a postura que a equipe vem mostrando, mesmo no jogo anterior, não foi aquilo que foi desenhado. No futebol o céu e o inferno estão a um palmo de distância e as coisas podem mudar a qualquer momento.
Rodinei
– Eu não costumo dizer quem forma o time titular. Momentaneamente o time que jogou foi esse. Sábado pode ser outro. De repente, não só o Rodinei como outros, existindo uma mescla necessária até pela sequência que teremos e dificuldade dos jogos que estaremos vivenciando. Por isso que quem entra sabe o que fazer em campo. Agora a questão é um pouco mais de tempo para que amadureçamos um pouco mais todo esse contexto.
Lázaro
– Com o Lázaro, vamos ter calma e paciência. Aos poucos ele vai ganhando espaço, vai se preparando e de repente será um jogador muito importante, principalmente com o problema que tivemos com o Bruno, totalmente inesperado para um momento como esse.
Pedro é sinônimo de bola aérea?
– Não, Pedro é um jogador extremamente técnico, que poucos times possuem, diferenciado. O que ele precisa é de uma sequência. É natural isso. A partir do momento que a equipe encontre um equilíbrio, podemos adaptar em algum momento Gabriel e Pedro. Porque é um jogador de altíssimo nível. Às vezes um atleta entrando 15, 20 ou 30 minutos fica muito complicado. O ritmo do jogo é outro. Quando consegue se posicionar o tempo acaba passando muito rapidamente e nós temos que ter esse cuidado, que os jogadores ganhem oportunidade aos poucos e tenham confiança para desenvolver o seu melhor.