O Milan não precisou mudar em nada a estratégia usada nos primeiros 90 minutos contra o Napoli para confirmar a manutenção da equipe na Uefa Champions League. No segundo e decisivo confronto, disputado na tarde desta terça-feira (18) no Estádio Diego Armando Maradona, em Nápoles/ITA, a equipe soube reforçar a marcação em quem poderia oferecer perigo e contou com os talentos individuais para obter a classificação. Ao fim das contas, empate em 1 a 1. Osimhen marcou aos napolitanos e Rafael Leão assinalou o tento milanista.
Como esperado, por precisar obrigatoriamente da vitória, os donos da casa partiram ao campo de ataque e pressionaram desde os primeiros minutos. Kvaratskhelia era o principal jogador de movimentação pelo lado esquerdo, mas encontrava marcação dupla de Calabria e Brahim Díaz, o que impedia maior presença direta em finalizações. Até conseguiu espaço para tentar um chute, mas Maignan defendeu. Mário Rui e Politano também arriscaram, o atacante levou mais perigo, mas não acertou o alvo.
Quando o Milan tinha a chance de abrir o placar, Mário Rui cometeu pênalti em Rafael Leão prontamente assinalado pela arbitragem. Na cobrança feita por Giroud aos 20 minutos, Meret acertou o canto e defendeu. Minutos depois, nova chance do centroavante na cara do gol, mas o goleiro novamente levou a melhor ao defender com a perna esquerda. Os lances poderiam inflamar ainda mais os napolitanos, mas a equipe perdeu muita força ofensiva com as lesões praticamente simultâneas de Mário Rui e Politano.
A situação poderia ficar ainda mais complicada quando Rafael Leão deu um carrinho e acertou Lozano na área, mas inicialmente foi marcado escanteio e, após a revisão da arbitragem de vídeo, confirmou que, segundo os árbitros, o carrinho foi na bola. Mas, em uma questão de minutos, a primeira individualidade apareceu em favor do Milan. Aos 42 minutos, Ndombélé não dominou a bola na intermediária ofensiva e Rafael Leão ficou com a pelota. O português passou pela marcação, entrou na área e rolou para Giroud completar ao gol vazio e abrir o placar.
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O segundo tempo seria uma mistura de força e pressa ao Napoli. Restavam aos visitantes manterem a marcação fortalecida para controlar o adversário. Kvaratskhelia tentou duas vezes, mas mandou por cima da meta em ambas. Lozano ficou no quase, Olivera errou o cabeceio. Com o tempo, a situação ficava mais administrável aos milanistas. Até que veio o segundo lance em que a individualidade rossonera apareceu para garantir a classificação.
Aos 34 minutos, após tabelar com Lozano, di Lorenzo recebeu na ponta direita e cruzou. A bola bateu na mão de Tomori e a arbitragem marcou o pênalti. Na cobrança, Kvaratskhelia teve a oportunidade, mas Maignan caiu no lado certo e fez a defesa para manter a vitória parcial. A pressão napolitana virou desespero. Mathías Olivera teve nova chance no jogo aéreo, mas errou a direção do cabeceio. Quem não errou foi Osimhen. Aos 47 minutos, Raspadori cruzou na medida para o centroavante empatar o jogo. Mas já era tarde demais para impedir a comemoração rubro-negra.
Com o resultado, o Milan volta a disputar a semifinal da Uefa Champions League após 16 anos e espera o vencedor do confronto entre Internazionale x Benfica para saber quem será o adversário. Os times irão entrar em campo no próximo domingo (23) pelo Campeonato Italiano. Às 13h, o Milan vai receber o Lecce no San Siro, em Milão/ITA, enquanto o Napoli vai enfrentar a Juventus no Allianz Stadium, em Turim/ITA, às 15h45.