A atuação segura de Miranda no empate contra o Santos tranquilizou os torcedores do Vasco para os próximos jogos. O zagueiro substituiu Ricardo Graça pelo lado direito da zaga e foi um dos destaques da partida. Além de defender a área com desarmes e rebatidas, o jogador ajudou na saída de bola com bons passes verticais, quebrando a marcação alta imposta pela equipe adversária.
A desconfiança antes do jogo na Vila Belmiro foi grande sobre o Vasco, que enfrentou o Santos tendo oito desfalques. Para Miranda a pressão foi ainda maior, já que, além do Ricardo Graça, o capitão Leandro Castan também não esteve em campo. Para piorar o cenário, a cria da base fez dupla de zaga com Marcelo Alves, jogador emprestado pelo Madureira e que fez sua estreia com a camisa vascaína.
Por tudo que envolveu o confronto, o empate foi considerado um bom resultado. Para Miranda representou a redenção. O zagueiro tem apenas oito jogos no profissional, porém três deles foram como titular no Campeonato Brasileiro, verdadeiras “fogueiras”, como é dito na gíria do futebol. A estreia aconteceu em 2018 no Beira-Rio, derrota para o Internacional por 3 a 1. Na ocasião formou a linha defensiva com Luiz Gustavo, Erazo e Henrique. O técnico era o Jorginho.
A segunda partida foi contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada, primeira rodada do Brasileirão do ano passado. O Vasco foi goleado por 4 a 1. Naquele jogo, o técnico interino Marcos Valadares escalou o time com três zagueiros e Miranda formou a defesa com Werley e Ricardo Graça.
Agora, com mais experiência e rodagem no elenco profissional, o jovem zagueiro de apenas 20 anos conseguiu se destacar, mostrando que está pronto para se firmar no grupo principal, fazendo jus a linhagem recente de zagueiros criados em São Januário. Miranda tem tudo para ser o terceiro jogador da posição a dar frutos ao Vasco nesta década, seguindo os passos de Luan, atualmente no Palmeiras, e Ricardo Graça, que já é uma realidade dentro do clube.
Tempo para se firmar
Miranda vai ter ao menos mais dois jogos para confirmar a boa fase. A tendência é de que o zagueiro seja titular contra Athletico-PR e Atlético-GO, já que Ricardo Graça, Werley e Breno estão isolados por estarem com COVID-19. O período de quarentena é de 10 dias e se encerra na sexta-feira da semana que vem (11). Portanto os jogadores estariam liberados apenas no sábado, véspera do clássico contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Pelo curto tempo, pode ser que também fiquem de fora da partida.
