O técnico Mozart concedeu entrevista coletiva após o empate do Cruzeiro com o Brasil de Pelotas por 0 a 0, pela nona rodada da Série B, e justificou as muitas mudanças promovidas na equipe titular em relação ao confronto anterior. O comandante destacou que foi baseado na preocupação com a parte física de seus atletas, por conta da maratona de jogos que o clube vem passando.
Além disso, destacou a utilização de Matheus Barbosa atuando como terceiro zagueiro pelo lado direito. Volante de ofício, o jogador teve desempenho elogiado por Mozart.
— Com relação as trocas, foi por questão física realmente. Nossa sequência é muito grande e para manter um nível físico e de intensidade que o jogo pede, as trocas são inevitáveis. Com relação ao Barbosa de terceiro zagueiro para qualificar a nossa saída, ele já fez isso em outro clube, então foi justamente para qualificar a nossa saída. Eu gostei bastante do primeiro tempo dele naquela posição. E sobre a busca do equilíbrio, o equilíbrio que eu entendo no jogo é nós criarmos as nossas chances e conceder pouco ao adversário, que, na minha opinião, aconteceu na de jogo. Óbvio que no último terço, principalmente, precisamos melhorar, mas só que só vamos conseguir melhorar e sincronizar algumas movimentações com tempo, com tempo de treino, principalmente, e como infelizmente é um luxo que eu não tenho e grande maioria também não tem, então, temos que ajustar durante os vídeos, durante as poucas sessões de treinos que temos, mas eu saio satisfeito pelo rendimento, por conceder pouco, por ter criado situações importantes.
Ainda, Mozart comentou a respeito da utilização de três jogadores para auxiliar na saída de bola do Cruzeiro. O treinador da Raposa justificou a escolha para conseguir chegar ao terço final do campo com facilidade e agilidade. Mas, ainda, ressaltou que o time pecou no momento da finalização e conclusão das jogadas.
— Nós só conseguimos essa facilidade justamente por fazer uma linha de três. Pode ter certeza que se fizéssemos uma saída com quatro, pode ter certeza que não teríamos tanta facilidade para construir assim, porque quando você tira um jogador de trás e coloca na linha da frente, você tira algumas linhas de passe do que uma linha de quatro. Então, prova disso foi os 60 e poucos por cento de posse, e muito por causa da saída de três. É um sistema que eu particularmente gosto bastante, vocês ter cinco ter praticamente na última linha do adversário e sempre dois jogadores por trás e essa transição do adversário. Acho que a única coisa que faltou hoje foi chegar no último terço do adversário.
IRREGULARIDADE DE SOBIS
Por fim, Mozart avaliou o desempenho de Rafael Sobis na partida diante do Brasil de Pelotas. O treinador afirmou que a equipe não produziu tanto para as jogadas chegarem ao camisa 10 e destacou que Sobis tem qualidade para poder atuar junto de um atacante de referência.
— Com relação a escolha do Thiago ao invés de Bissoli foi pensando na característica do adversário. Com relação ao Sobis, é um jogador importante para nós, como todos são, ele é uma referência no ataque, hoje nós não conseguimos produzir tanto assim para gerar uma situação clara de gol para ele. Eu acredito que ele possa atuar seja como um nove seja junto com um camisa nove, até facilitar as características dele atuar junto com um nove. Nós fizemos a troca durante o jogo para ter esse jogador de referência, porque nós sabíamos que eles iam fechar bem a entrada da área, eles iam proteger bem o gol, então, o Thiago pela estatura e pelo porte físico seria um jogador de imposição nas jogadas de cruzamento. Aconteceu algumas jogadas para o Thiago, não foram claras, mas foram algumas. Mas, não existe titular absoluto no nosso time, eu vou pela produtividade e pela questão física por conta da quantidade de jogos.
Os comandados de Mozart voltam campo na terça-feira (6), diante do Coritiba. O jogo acontecerá no estádio Couto Pereira, em Curitiba, às 19h, pela décima rodada da Série B.
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