O Ministério Público de Minas Gerais divulgou, nesta quinta-feira, quais são os crimes investigados contra ex-dirigentes do Cruzeiro. A partir de conta oficial nas redes sociais, o órgão informou que apura falsificação de documentos/falsidade ideológica, apropriação indébita, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Faz parte da investigação um relatório de 600 páginas entregue pelo atual núcleo gestor do Cruzeiro ao MPMG, na última segunda-feira. O levantamento foi produzido pela Kroll, empresa especializada em gestão de risco, investigações corporativas, compliance e cibersegurança, contratada pela direção do clube em março deste ano.
O principal alvo da investigação é a gestão de Wagner Pires de Sá, iniciada em 2017, e que renunciou ao comando do clube celeste no fim do ano passado. As irregularidades no mandato do ex-presidente vieram à tona em maio de 2019, quando o programa Fantástico, da TV Globo, denunciou os supostos crimes.
Nesta quarta-feira, o Conselho de Ética do Cruzeiro sugeriu a exclusão de Wagner Pires de Sá e seu vice Hermínio Lemos do Conselho Deliberativo do clube.
Em relação às investigações contra ex-dirigentes do @Cruzeiro, os crimes apurados no momento são: falsificação de documentos/falsidade ideológica, apropriação indébita, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O marco da investigação é a gestão iniciada em outubro de 2017.
— MPMG (@MPMG_Oficial) May 21, 2020
A crise institucional do Cruzeiro, a pior em seus 99 anos de história, se refletiu dentro de campo, e o time foi rebaixado à Série B. Com receitas escassas e despesas acumuladas, o clube superou a marca de R$ 394 milhões de déficit em 2019, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira. A dívida acumulada supera a casa dos R$ 800 milhões.
Dirigentes do Cruzeiro
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