O Mundial de Clubes da Fifa irá trazer novidades em relação a alguns procedimentos da arbitragem no futebol. A informação foi confirmada após o Conselho Internacional de Futebol (IFAB, em inglês) promover o encontro anual nesta quarta-feira (18) no Wembley Stadium, em Londres/ING, e divulgar o balanço de tal reunião. Com o Mundial prestes a acontecer, a ser disputado entre os dias 1º e 11 de fevereiro no Marrocos, o torneio de curta duração será o laboratório de testes que terá fundamental importância a ponto de ser ou não aprovada oficialmente no esporte.
A principal novidade é a comunicação instantânea e pública do árbitro principal após tomar uma decisão iniciada por revisão da arbitragem de vídeo. O árbitro de campo terá um microfone que será conectado ao sistema de som do estádio e, a cada decisão tomada após chamada do VAR, a explicação sobre o porquê da revisão e qual a decisão a ser tomada. A informação também será repassada às emissoras que detenham o direito de transmissão de tal certame.
Algumas mudanças drásticas poderiam ser propostas e usadas, como, por exemplo, paralisar o relógio quando a bola saísse de campo como uma forma de ter mais tempo com a pelota em jogo, mas não foi levada adiante. Outra que não se chegou em um consenso foi a substituição temporária de um jogador com suspeita de concussão. A ideia era alguém entrar para ter os 11 atletas de uma equipe no gramado enquanto o jogador que recebe o atendimento médico é avaliado para saber se tem ou não condições de retornar ao gramado. Por ora, tal mudança não foi aceita, será discutida novamente e cada equipe terá o direito de fazer uma substituição extra.
O balanço da IFAB sobre o desempenho da arbitragem durante a Copa do Mundo foi excelente. Além do impedimento semiautomático, a numerosa quantidade de minutos acrescidos também foi vista com bons olhos por considerar que foram recursos usados e bem-sucedidos na missão de criar condições mais justas para ambas as equipes.
Também foi colocado em discussão modos de melhorar a disciplina e reduzir a agressão a quaisquer integrantes de um jogo, inclusive com gravações de partidas para fornecer evidências de ações deliberadas. Todos os recursos aprovados e não descartados vão seguir em observação para ter ciência da real necessidade de tal adaptação. Caso sejam aprovados, passam a entrar nas regras do jogo a partir do próximo dia 1º de julho, data que se inicia uma nova temporada de futebol na Europa.
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O Mundial de Clubes será disputado no Marrocos após uma década. O Estádio Ibn Batouta, em Tânger, e o Estádio Príncipe Moulay Abdellah, em Rabat, serão as sedes do torneio. Ao todo, sete times irão participar: os seis vencedores dos torneios continentais, além do país-sede. Nesta edição, uma novidade. Como a Fifa não permite dois clubes do mesmo país no torneio e o Wydad Casablanca, atual campeão da AFC Champions League, é de Marrocos, a vaga que seria destinada ao país-sede ficou com o Al-Ahly, do Egito.
Além de marroquinos e egípcios, irão disputar o título o Auckland City/NZL (campeão da Oceania), Seattle Sounders/EUA (campeão da Concacaf Champions League), Al-Hilal/SAU (indicado pela Confederação Asiática de Futebol, AFC), Flamengo (campeão da Libertadores da América) e Real Madrid (campeão da Uefa Champions League)
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