Copa do Mundo - Qatar 2022

‘Não chore por mim, Argentina’ Messi aparece e evita queda histórica

Photo by KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP via Getty Images
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Argentina e México duelaram pela vida no sétimo dia da Copa do Mundo do Qatar, em pleno Lusail Stadium, diante de uma torcida polarizada entre argentinos e mexicanos e rivalizada pela primeira vez nesse Mundial. Com uma equipe mexicana modificada e um ataque argentino sem sintonia, coube aos craques do país sul-americano puxarem a responsabilidade da classificação no placar de 2 a 0.

Com a partida autorizada, as emoções afloraram para Argentina e México em um dos confrontos que ganharam contornos dramáticos no Mundial. A derrota argentina na estreia obrigou os ‘hermanos’ a se dedicarem contra um adversário conhecido, os mexicanos, a quem os tem como eternos fregueses em Copas do Mundo.

O jogo se desenhava de maneira truncada no primeiro tempo, até os 8′ os argentinos estavam encurralados em uma aproximação agressiva do México que inibiu qualquer tentativa de Messi e companhia. Lozano provocou dores de cabeça a Acuña na lateral-direita.

Aos 9′ o México deu o primeiro susto no coração argentino, com um levantamento feito por Vega após falta batida que não encontrou um só pé mexicano. A Argentina traçou o caminho para reação ao adiantar suas linhas e forçar os mexicanos a buscarem a bola longa.

Aos 20′, os mexicanos encontram o caminho para o gol após mais uma jogada ensaiada depois da batida de uma falta, Martínez apareceu e garantiu o 0 a 0 no placar. Aos 24′ Uma excelente troca de passes dos argentinos, envolvendo a defesa mexicana, Montiel levantou na área mas Lautaro Martínez, muito marcado, não chegou.

Aos 33′ um dos personagens principais do duelo de hoje, Ochoa, apareceu para salvar o México. Uma excelente falta batida por Lionel Messi obrigou o goleiro mexicano a trabalhar, e realizar uma defesa em dois tempos.

Não demorou muito para Montiel ressurgir na lateral-esquerda, aos 40′ Messi lançou uma linda bola para o jogador argentino cruzar procurando Lautaro Martínez, que cabeceou com perigo e a bola foi tirada pelo olhar de Ochoa. Aos 41′, Tata Martino, treinador do México, trocou Guardado por Gutiérrez.

No último lance de um primeiro tempo pegado e disputado no meio-campo, Vega bateu com perfeição uma falta frontal para o México. A batida perfeita só não foi mais bonita que a defesa realizada por Martínez sem qualquer rebote, em mais um aparecimento providencial do goleiro argentino.

Uma Argentina com mais Fé do que técnica

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O jogo recomeçou na segunda etapa com uma Argentina mais dispersa e um México procurando jogo, da forma como os argentinos não conseguiram emplacar. A falta de habilidade mexicana era o que acalmava a tempestade de emoção dos torcedores albicelestes no Lusail, lotado com 88.966 torcedores, o segundo maior público da Copa atrás apenas de Brasil x Sérvia.

Aos 55′, uma troca de passes da Argentina, Di Maria se desmarcou e procurou Lautaro na área. Porém, Montes fez um corte providencial e garantiu a paz na defesa mexicana. Lionel Scaloni preferiu trocar algumas de suas peças e apostar em Enzo Fernández, Julián Alvarez e Molina nos lugares de Rodríguez, Lautaro Martínez e Montiel.

Aos 63′ o desafogo argentino veio nos pés de ningúem menos que Lionel Messi, ao receber um passe de Dí Maria na entrada da área, o craque do PSG não exitou em chutar rasteiro, de maneira fulminante e vencer seu duelo particular com Ochoa. 1 a 0 no placar que teve gosto de goleada pela necessidade que a vitória exigia.

Aos 68′, Tata Martino preferiu tirar Vega e acreditar em Antuna no México, Lionel Scaloni, da Argentina, respondeu colocando Romero e Palácios nos lugares dos exaustos Dí Maria e Mac Alister. Não demorou muito e aos 76′, um contra-ataque quase fulminante puxado por Julián Alvarez agitou o Lusail, mas Messi foi atrapalhado na ‘Hora H’ por Montes.

Aos 87′, Enzo Fernández sacramentou a vida dos argentinos no Qatar, ao pedalar na bola e encher o pé, em um chute de raríssima felicidade no gol de Ochoa. O 2 a 0 garantiu a vida da Argentina na Copa do Mundo e agitou o Lusail ao som de tango.

Fica a Lição para o Qatar

Photo by KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP via Getty Images

É possível afirmarmos que a Argentina encarou essa Copa do Mundo com a roupa do favoritismo e acreditou que isso bastava para passar pela Arábia Saudita. Foi surpreendido com um jogo que não soube controlar e sofreu o primeiro revés em mais de 30 anos nas estreias de mundiais.

A partida contra o México teve contornos peculiares para os jogadores e torcedores. Ao encarar uma equipe que adotou uma postura mais defensiva, os argentinos precisaram sair da zona de conforto e ir buscar o resultado para permancer vivos na Copa. Os pontos perdidos contra os árabes poderiam ter se transformado no carimbo de retorno a Buenos Aires no passaporte.

Coube a uma Argentina sem sintonia acreditar aos poucos de que seria possível vencer os mexicanos. Messi apareceu no momento certo, em mais um capítulo fantástico escrito pelos roteiristas do mundo da bola.

Fica a lição não apenas para a fase de grupos, mas sim para a competição. A Argentina não pode entrar como entrou em sua estreia, acreditando que o favoritismo a levaria aos resultados esperados. É preciso suar a camisa, ou aceitar que não levará nada além de histórias do Qatar com a postura que teve no primeiro jogo.

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