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Nenê diz que o Fluminense tem que caprichar mais no ataque: ‘melhorar esse último passe e a finalização’

Lucas Merçon/ Fluminense

Na tarde desta quarta-feira (18), o meia Nenê concedeu entrevista coletiva de imprensa, através de uma videoconferência, no CT Carlos Castilho. Entre muitos assuntos, o jogador tricolor destacou sobre o momento do Fluminense no Campeonato Brasileiro e ressaltou sobre a partida contra o Palmeiras.

– Com certeza, a gente prefere vencer, continuar conquistando pontos. Mas foram dois jogos difíceis. Contra o Grêmio a equipe deu uma oscilada, mas acho que contra o Palmeiras o time foi muito melhor, voltou ao padrão que a gente estava acostumado, acredito eu. Infelizmente demos uma desestabilizada depois do primeiro gol. Que foi em uma jogada, que no meu modo de ver, não foi pênalti. Mas interpretação do juiz e do VAR. Não podemos vacilar neste momento, quando tomamos o gol, pois o jogo continua. Acho que a gente ainda está pecando um pouco nesse aspecto. Em relação ao jogo, no primeiro tempo fomos muito bem, melhor que eles, acredito. É um time complicado (o Palmeiras), mesmo com os desfalques. Isso não pode definir o momento. Acho que um jogo não pode definir o momento. Mas já melhoramos muito e a ideia e recuperar esses pontos perdidos. Mesmo sendo um jogo muito difícil, fora de casa, mas temos que ir em busca de um bom resultado no próximo domingo.

Ele também falou sobre as chances criadas pelo Tricolor, mas que não são aproveitadas e não terminam em gol

– Eu acho que temos que finalizar melhor as jogadas. Contra o Palmeiras nós criamos alguns lances de definição. Acho que devemos melhorar esse último passe e a finalização. Fazer o gol, realmente. Se não fizer gol, não tem como ganhar o jogo. É focar nesse quesito. Claro que sempre podemos melhorar e criar mais também. Mas acho que a questão principal é sobre os últimos metros do campo, a última finalização. Focar para acertar no gol e tentar finalizar bem.

Confira outros trechos da coletiva

Condições físicas para jogar contra o Inter e tentar voltar a marcar após um mês

São jogos bons de marcar gols. Mas, o principal é a gente ganhar. Mesmo não marcando gols, vou estar feliz. Claro se puder marcar, vou ficar mais feliz ainda. Estou me sentindo bem fisicamente, acho que senti um pouco o ritmo no início do último jogo, mas depois já estava bem à vontade. Correndo normal. Então o intuito agora é melhorar ainda mais nesse jogo, dar o 100%, para ajudar o clube a conquistar essa vitória.

Novos surtos de Covid-19

Realmente está voltando muito forte e devemos manter os cuidados. Parecia que já tinha normalizado e você, inconscientemente, acaba relaxando. Temos que ter todos os cuidados possíveis, até quem já pegou. É uma coisa que estamos vendo que (os índices) estão altos, da doença. Então tem que seguir todos os protocolos possíveis ao máximo. Principalmente fora daqui (CT, ambiente do futebol). Acho que onde está tendo problema é fora do ambiente de trabalho dos clubes. Estão fazendo todos os protocolos de saúde para que a gente esteja bem. Então é cada um, dentro do seu âmbito familiar ou fora de casa, ter esses cuidados, para não trazer essa doença para dentro do clube, acabar transmitindo e piorar ainda mais.

Confronto direto contra o Internacional

Com certeza será um jogo muito difícil, fora de casa, eles estão precisando da vitória. Mas temos totais condições de nos impor e conquistar os três pontos. Claro que não vai ser fácil. Temos que fazer um jogo muito bom taticamente e estarmos focados nos detalhes. Saber que mesmo fora de casa, a gente tem que ter confiança que podemos buscar a vitória. Nos lançarmos de volta às dinâmicas positivas que estávamos no campeonato.

Críticas ao elenco e nível da equipe

Só você ver o primeiro turno também, de dois jogos, fizemos um ponto, praticamente a mesma coisa, e com jogos completamente distintos. Faz parte, futebol é resultado. Se você perde, vem as críticas ou desconfiança, isso é normal e estamos acostumados com isso. Acredito que o Fluminense tem time para estar entre os quatro primeiros, quinto, sexto… mas é um time para brigar pela Libertadores, com certeza. Estamos em oitavo, mas a quantos pontos do terceiro? Dois pontos? Três pontos? Não sei. Então a diferença é pouca. Se tivéssemos sete pontos atrás do terceiro, ou quarto, ok. Mas está tudo embolado. Então acho que está tudo em aberto. Estamos no começo do segundo turno. Claro que todo jogo é uma final e não podemos perder pontos. Mas não vai ganhar todos os jogos, nem o time que está na primeira colocação vai conseguir isso. É a gente mostrar a cada dia, cada jogo, que essas pessoas que não acreditam estão equivocadas.

Como blindar os jovens e o elenco, tanto às críticas quanto à euforia

É esquecer o que vem de fora, não ficar vendo muito. Acreditar no dia a dia, no que a gente faz, no que o treinador nos passa, no que a diretoria nos dá confiança. Ter esse equilíbrio. Quando ganha não está mil maravilhas, perfeito, sempre pode melhorar. Quando perde, não é tão ruim como parece, pois o futebol é muito resultado e momento. Filtrar as coisas que vão nos ajudar, dar de motivação e o que não é correto, justo, esquece e deixa para lá.

Vitória contra o Inter pode trazer confiança e recuperação no campeonato

Esses jogos que te dão ainda mais confiança se você conquistar o resultado positivo. Então é trabalhar o máximo possível durante a semana e no jogo tentar conquistar um resultado positivo. Para voltarmos àquela dinâmica positiva que estávamos. Isso é totalmente possível, mas tem que sofrer, não é fácil. Saber que no Brasileiro, não importa se é o primeiro ou último colocado, os jogos são sempre complicados. Não achar que fazendo uma coisa ou outra vai resolver. Tem que estar focado do primeiro ao último minuto e cada um dar o seu melhor para conquistar esse resultado positivo. E nos dar mais confiança e recuperarmos esses pontos que a gente perdeu nos últimos jogos. Nos manter na parte de cima da tabela.

Como quebrar o jejum contra o Internacional no Beira-Rio

Fazermos diferente das outras vezes. Termos personalidade, fazer nosso jogo, não ficarmos esperando o adversário – por mais que esteja jogando em casa. Acho que a gente tem que tentar nos impor, como fizemos no primeiro tempo contra o Palmeiras, e conseguir finalizar corretamente, terminar a jogada em gols e tentar sair de lá com o resultado positivo. Não há uma motivação melhor para quebrar esse tabu e sair com a vitória.

Vantagem para o Flu pelo Inter estar em duas competições

Acho que isso pode ser um coisa interessante para a gente, pois eles estarão focados nas outras competições e ter um desgaste maior. Mas, isso não vai facilitar em nada o nosso jogo, com certeza será difícil do mesmo jeito. Lá no Beira-Rio eles sempre lutam muito e são muito fortes. Pode ser que isso nos dê uma ligeira vantagem física ou mental. Mas na hora do jogo, acho que ninguém vai lembrar disso e dar o máximo de si para ajudar o seu time.

Possível nova paralisação do futebol pela Covid-19

É difícil eu dar uma opinião porque, está tendo muito caso nos clubes, mas não se sabe se está sendo transmitido entre os clubes – que acredito que não – ou dentro dos clubes. Depende de como cada um faz as coisas fora do ambiente de trabalho. Então, sinceramente, não sei o que opinar. Acho que é muito cedo para falar se deve ou não parar o campeonato.

Desfalques do Inter e enfrentar times alternativos

Acho que hoje muitos times têm muitos jogadores com o mesmo nível. Então acaba diminuindo (a questão de titulares e reservas). “Ah, time reserva…”, então psicologicamente o time pode entrar mais relaxado, ser mais fácil… Mas na minha opinião é ao contrário, porque o cara que não está jogando quer mostrar para o treinador que tem qualidade para estar no time. Está mais descansado. Você não conhece tanto ou que não estudamos muito e acaba surpreendendo. Tem que estar ligado e não achar que será fácil por estar desfalcado, às vezes pode até ser mais difícil. Para não ser surpreendido.

Sequência de jogos no Rio de Janeiro após o duelo contra o Inter

Nós vamos sempre jogo a jogo. Claro que a gente vê a tabela e dar uma pesquisada. O próprio treinador fala da gente fazer um número de pontos, já foi falado várias vezes. Desses três (Bragantino, Athletico-PR e Vasco) ainda não foi falado. Porque o Odair sempre tenta ir jogo a jogo, para demonstrar para a gente. Eu acho que às vezes tem essa meta de pontos para fazer. Mas ainda não foi conversado sobre esses três jogos. Foco no Internacional para tentar buscar os três pontos.

20 anos de carreira

Eu fiquei chocado. Eu achei que tinha estreado em 2001. Na verdade minha estreia foi no ano 2000, na Copa João Havelange, que era o Brasileiro. Eu descobri sem querer, porque um historiador da cidade disse que eu fiz meu sexto hat-trick na carreira, no Paulista, e isso foi no ano 2000. E eu falei: “setembro de 2000? Está fazendo vinte anos”. Ai comecei a pensar e falei com meus assessores. Ficamos todos empolgados e confirmou que estava completando 20 anos. Realmente fiquei muito feliz e honrado por continuar jogando e ajudando meu time. Me senti velho, mas ao mesmo tempo orgulhoso. Não é toda hora que um jogador tem 20 anos de carreira e jogando como estou, sem se machucar muito. Fiquei bastante feliz e emocionado com essa meta.

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