Outro lado

Neto relembra polêmica com árbitro e admite: ‘fui covarde, sujo e racista’

Neto acusou o treinador de racismo (Foto: Reprodução | TV Bandeirantes)
Reprodução / TV Bandeirantes

Com uma carreira marcada por polêmicas, o hoje apresentador Neto resolveu relembrar um dos episódios mais marcantes de sua passagem pelo Corinthians. Em entrevista para o podcast “Mano a Mano”, do rapper Mano Brown, o ex-jogador falou sobre quando se envolveu em uma confusão com o árbitro Zé Aparecido, durante clássico entre o Timão e o Palmeiras.

Em 1993, em uma partida entre Corinthians e Palmeiras, Neto acabou expulso. Ao invés de deixar o gramado, no entanto, o jogador por para cima do árbitro Zé Aparecido e cuspiu no rosto do profissional. Passados mais de 30 anos, o apresentador então relembrou o caso, afirmando que pediu desculpas ao juiz e que aquilo representou um ato de racismo.

– Foi a maior covardia que eu já fiz. Fui covarde, sujo e racista. Se fosse branco eu cuspiria? Não. Quando eu cuspi, no Zé Aparecido, eu cuspi em um árbitro, negro e ele se f****, perdeu mais do que eu. O Neto ganhou para as pessoas. Não, eu fui o covarde, eu que tinha que pedir o perdão, para ele e para deus. Eu pedi e ele me perdoou – iniciou o apresentador do programa “Donos da Bola”, da Band.

Questionado sobre o motivo da “explosão” contra o árbitro, Neto relembrou que era em virtude de lances de faltas não marcados para o Corinthians. Quando foi expulso, então, ele acabou perdendo a cabeça e partindo para cima de Zé Aparecido. Hoje, no entanto, o ex-jogador entende que um soco teria sido menos agressivo do que o cuspe racista.

– Ele não estava dando faltas. Eu cheguei a falar “você está de sacanagem Zé Aparecido”. Aí entrei forte no César Sampaio e ele me expulsou na hora. Eu ia dar um soco na cara dele, porque eu estava possesso na hora, mas para não dar o soco eu cuspi. Deveria ter dado um soco – continuou Neto.

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Para finalizar, Neto confirmou que se arrepende eternamente do ocorrido. Segundo ele, inclusive, todos os filhos já sabem do ocorrido, pois essa vergonha ele preferiu contar do que eles acabarem descobrindo através de outras pessoas.

O meu ato foi tão nojento que não condiz com a pessoa que eu sou, e isso me fez crescer. Porque nenhum dos meus filhos souberam por ninguém, souberam por mim, que eu fui racista e que cuspi no rosto de uma pessoa. Só o Júlio, meu filho de 5 anos que não sabe. O João, Gustavo e Luíza souberam por mim que o pai foi um filha da p*** – finalizou Neto.

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