Francis Ngannou se tornou de vez o campeão para valer dos pesos-pesados ao vencer no sábado (22) Cyril Gane no UFC 270. Mas a vitória do camaronês acabou um pouco ofuscada por atitudes tomadas por Dana White após a luta,
O chefão do Ultimate não esteve no octógono para colocar o cinturão no campeão dos pesados (quem o fez foi o matchmaker Mick Maynard) e sequer deu a tradicional entrevista coletiva pós-evento. Ao ser perguntado sobre o assunto, Ngannou evitou polemizar.
– Eu não sei, você vai ter que perguntar para o Dana. Eu não tive nada a ver com aquilo. Eu acho que foi uma decisão deles e também irei perguntar a eles sobre isso. Também não sabia que o Dana não iria dar entrevista – disse o camaronês.
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O ato de Dana White, que colocou o cinturão em Deiveson Figueiredo após este conquistar o cinturão dos moscas sobre Brandon Moreno, pode ser encarado como mais um ‘round’ da briga particular do camaronês com o UFC para tentar obter a chance de um contrato melhor com a organização no futuro. O vínculo do lutador está no fim e, até o momento, não há qualquer sinal de acerto entre a partes.
‘The Predator’ reclama com o Ultimate uma melhor valorização salarial, recusando-se a lutar pelos valores atuais de seu contrato atual, além da permissão de poder realizar uma luta no boxe contra o inglês Tyson Fury, campeão mundial da categoria na nobre arte. Mas White tem se mantido irredutível ao não ceder às pedidas do camaronês e isto tem distanciado a chance de um acordo.
– Não é sobre dinheiro. Claro que é uma parte importante, mas sinto que os termos do contrato não são justos, não me sinto livre. Não sinto que estão me tratando bem. É triste estar numa posição de vir aqui e ter que dizer isso, mas acho que todo mundo tem o direito de querer o que é melhor para si. No fim das contas, a gente trabalha duro e nossos corpos sentem cada pedaço do nosso trabalho. Por isso, acho que temos que ter um acordo justo – disse.