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Nonato, do Fluminense, se posiciona sobre comentários homofóbicos recentes: ‘Se fere toda uma comunidade, deixa de ser opinião’

Foto: Divulgação/Fluminense

O volante Nonato, do Fluminense, deixou sua opinião sobre os comentários homofóbicos feitos nos últimos dias por conta da demissão do atleta de vôlei, Maurício Souza, do Minas Tênis Clube. O jogador tricolor demostrou apoio às ações para combater a homofobia e também ao racismo.

– Me assusta como a sociedade gosta de atacar o seu próximo pelo simples fato de ser diferente. Sobre os acontecimentos mais recentes na mídia sobre homofobia, vou fazer um paralelo com outro tipo de preconceito: o racismo. Há 80 anos, era “só uma opinião” popular que um negro era incapaz de ser um chefe de estado. Assim como foi “só liberdade de expressão” grande parte da sociedade julgar e desaprovar veementemente a entrada de princesas pretas da disney no mercado, pela simples quebra de padrão com o que era considerado normal na época – escreveu o jogador.

– A partir do momento que o que sai da sua boca (ou mais comumente nas suas redes sociais) fere toda uma comunidade, ela já DEIXA DE SER UMA OPINIÃO. (…) Toda luta gera um desconforto devido à essa quebra de paradigmas. É natural que muita gente se incomode, afinal, o novo e o diferente causam certo estranhamento no começo, mas eu tenho convicção de qual é o lado certo disso tudo e que o tempo vai provar – completou.

Vale lembrar que o atacante Fred fez um comentário dando apoio ao atleta Maurício, o que gerou grande repercussão nas redes sociais. O Fluminense chegou a se posicionar afirmando que o atacante apenas se solidarizou com o atleta de vôlei.

TEXTO NA ÍNTEGRA:

Falta entendimento e sobra ignorância.

Eu não costumo postar nada além do meu trabalho por aqui, mas me assusta como a sociedade gosta de atacar o seu próximo pelo simples fato de ser diferente. Sobre os acontecimentos mais recentes na mídia sobre homofobia, vou fazer um paralelo com outro tipo de preconceito: o racismo. Há 80 anos, era “só uma opinião” popular que um negro era incapaz de ser um chefe de estado. Assim como foi “só liberdade de expressão” grande parte da sociedade julgar e desaprovar veementemente a entrada de princesas pretas da disney no mercado, pela simples quebra de padrão com o que era considerado normal na época. A partir do momento que o que sai da sua boca (ou mais comumente nas suas redes sociais) fere toda uma comunidade, ela já DEIXA DE SER UMA OPINIÃO.

Acredito que essas lutas (anti-racismo e anti-homofobia) estão em estágios diferentes, porém a importância é a mesma.

Toda luta gera um desconforto devido à essa quebra de paradigmas. É natural que muita gente se incomode, afinal, o novo e o diferente causam certo estranhamento no começo, mas eu tenho convicção de qual é o lado certo disso tudo e que o tempo vai provar.

Ah, e caso eu não tenha sido claro o suficiente, sugiro que abra a Bíblia no livro de Mateus, capítulo 22, versículo 39. Talvez agora faça sentido.

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